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09/10/2020 às 19:37, atualizado em 09/10/2020 às 20:29
A alta nos preços dos alimentos e combustíveis elevou o índice, enquanto os serviços de saúde e cuidados pessoais amenizaram o resultado
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,37% em setembro no Distrito Federal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é a segunda menor variação positiva entre as regiões pesquisadas, atrás apenas de Salvador (0,23%). No mês anterior, a inflação brasiliense foi de 0,58%. A inflação no Brasil ficou em 0,64% em setembro.
No acumulado do ano, o Distrito Federal apresentou o quarto menor resultado (2,81%) entre as regiões pesquisadas, atrás de Curitiba (2,47%), Porto Alegre (2,52%) e Rio de Janeiro (2,79%), e menor que a inflação acumulada nacional, de 3,14%.
O índice, divulgado mensalmente, mostra a variação dos preços de produtos e serviços e é o indicador oficial da inflação no país. O resultado do Distrito Federal reflete, novamente, a alta nos preços de combustíveis, como gasolina (3,28%), e de alimentos, como arroz (18,91%), óleo de soja (34,29%) e leite longa vida (5,10%). A queda nos preços dos planos de saúde (-2,25%) contribuíram para segurar a inflação.
Ao analisarmos a inflação por grupos, alimentação e bebidas (1,50%) e transportes (1,11%) foram os que mais contribuíram para a alta inflacionária. Por outro lado, saúde e cuidados pessoais (-0,67%) e vestuário (-1,39%) colaboraram para equilibrar a inflação de setembro.
Segundo Jéssica Milker, gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, “as altas estiveram relacionadas à desvalorização cambial e seu consequente estímulo às exportações, no caso do arroz, e do aumento do consumo de óleo e leite pelas famílias. Em compensação, tivemos uma redução no preço dos planos de saúde com a suspensão do reajuste pela Agência Nacional de Saúde Suplementar até o fim de 2020 ”.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias de renda mais baixa (até 5 salários mínimos), registrou inflação de 0,59% em setembro, menor que o registrado no mês anterior (0,71%). O resultado está abaixo do índice nacional (0,87%) e é a segunda menor variação positiva do país, atrás apenas de Salvador (0,47%).
No acumulado no ano, o INPC do Distrito Federal (1,40%) apresentou o quarto menor índice entre as regiões pesquisadas, atrás de Goiânia (1,36%), São Luís (1,25%) e Curitiba (1,08%). No Brasil, o INPC acumulado no ano foi de 2,04%.
Desde junho, a variação mensal do INPC tem sido maior que a do IPCA, indicando que a alta de preços tem prejudicado mais intensamente as pessoas de mais baixa renda. Em setembro, esse cenário se deve ao fato de alimentos e bebidas como arroz, óleo de soja – que tiveram alta nos preços – ter maior participação no consumo dessas famílias do que itens como plano de saúde – que registrou queda no preço – por exemplo.
A análise por grupos do INPC mostra que a alimentação e bebidas (1,71%) e os transportes (1,06%) apresentaram as maiores altas no mês, sendo o primeiro com peso mais elevado na cesta de consumo local. A principal queda foi observada no grupo de vestuário (-1,40%).
A gerente de Contas e Estudos Setoriais, Jéssica Milker, ressalta um dos motivos pelos quais o INPC foi superior ao IPCA: “em setembro, vimos o preço dos alimentos subirem pela segunda vez consecutiva. Dessa vez, os vilões foram o arroz, o óleo de soja e o leite longa vida, itens essenciais da alimentação dos brasileiros e que pesam no orçamento das famílias de mais baixa renda”.
Acesse a íntegra do boletim IPCA – INPC do mês de setembro em: https://bit.ly/36PK8Ks
*Com informações da Codeplan