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18/10/2020 às 14:00, atualizado em 18/10/2020 às 18:13
Na agenda institucional do GDF, Internet das Coisas é uma lei. População pode conferir o projeto, gratuitamente, em laboratório experimental
Além do título de Patrimônio Mundial da Humanidade, Brasília também caminha para ser a primeira cidade inteligente do país. O sonho de ter à mão aparelhos operados por inteligência artificial, com tempo de resposta imediatos, já começa a se concretizar pelos passos que o Governo do Distrito Federal tem dado – como a sanção, no início deste mês, do Plano Distrital da Internet das Coisas. Aqui se traçam as diretrizes de criação de uma política para estimular a aplicação de alta tecnologia na prestação de serviços voltados à conexão com velocidade 5G.
Um pouco de toda a complexidade desse universo já pode ser visto e sentido na prática no Laboratório de Testes 5G, do Parque Tecnológico de Brasília – o Biotic, uma subsidiária da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
“O 5G é o que habilitará a Internet das Coisas, e Brasília criou aqui no Parque Tecnológico o primeiro ambiente de testes permanente desta tecnologia em todo o país – uma velocidade fantástica para suportar esse novo mundo que se apresenta”, destaca o presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique.
Velocidade superior
O laboratório oferece experiências inéditas em relação ao tempo de resposta, após o acionamento de um único comando na internet. Além de dois aparelhos de celular 5G disponíveis para teste, é possível fazer uma visita virtual a uma fábrica operada por óculos digitais com o mesmo recurso. Um clique para carregar uma página parece mais rápido que um simples estalar de dedos.
“O 5G é uma nova proposta que atenderá a dois tipos de público: o cidadão, que navegará até dez vezes mais rápido em seu telefone, e o empreendedor, que enxerga lá na frente como pode aprimorar seu negócio”, aposta o diretor de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação do Biotic, Leonardo Reissman.
Startup faz testes
São soluções desse porte que empolgam empresários como Pedro Rosa, diretor da Vamos Parcelar, startup do ramo financeiro que parcela multas e boletos em apenas alguns cliques. Rosa tem usado semanalmente a estrutura do Biotic para trocar experiências e usar o moderno Laboratório 5G.
“Estamos desenvolvendo um laboratório de inovação para a empresa e fazemos testes para buscar outras soluções digitais”, conta. “Aqui já pudemos visualizar como será o 5G, uma tecnologia que resolve a velocidade dos dados e que vai nos permitir criar modelos disruptivos.”
A startup tinha sua base em Belo Horizonte (MG), mas migrou para Brasília como uma aposta tecnológica. Pedro Rosa é um pesquisador atento da revolução que a Internet das Coisas vai trilhar. “Com dados rápidos, você tem tudo”, ressalta. “Vamos poder conectar a geladeira, o ar-condicionado com dispositivos de internet, os carros autônomos também. É uma questão de tempo”.
Visita aberta
A 5G é, de fato, uma rede de dados programada para dar resposta em tempo real, além de ser escalável e versátil – embora ainda um pouco distante. Só chega ao Brasil após o leilão de frequências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), previsto para 2021.
Enquanto isso, os moradores do DF já podem sentir o gostinho da internet ultrarrápida e de uma experiência futurista, por meio de uma visita ao Parque Tecnológico. Basta agendar a ida ao laboratório pelo e-mail bioticsa@bioticsa.com.br.