21/10/2020 às 16:21, atualizado em 21/10/2020 às 17:56

De servidora a paciente: história de uma voluntária do Outubro Rosa no HRT

Ainda em tratamento, servidora planeja a ornamentação do centro cirúrgico

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Desde 2015, funcionários e voluntários se mobilizam para as ações do Outubro Rosa no HRT, incluindo a decoração das áreas do hospital | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Voluntariado

As ações do Outubro Rosa no HRT tiveram início em 2015 com o propósito de melhorar a autoestima e encerrar o ciclo das mulheres que venceram o câncer. Embora disponível na rede pública, a reconstrução mamária é uma cirurgia eletiva, podendo levar algum tempo para ser autorizada. A cada ano, o número de pacientes atendidas tem aumentado, assim como o número de voluntários. Na primeira edição foram 20 pacientes assistidas; em 2019, já foram realizados 73 procedimentos. Neste ano estão previstas 40 cirurgias, devido à pandemia.

Além da parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que contribui com materiais para a decoração dos ambientes do hospital e próteses mamárias, profissionais da saúde de outras unidades e estados se voluntariam para compor as equipes. São médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos e outros mais.

Esses servidores fazem diferença onde estãoWendel Moreira, superintendente da região de saúde Sudoestecentro

Além disso, a comunidade também tem se sensibilizado durante os anos e garantido lanches para os trabalhadores, cafés e almoços. Entre os próprios servidores, há quem disponibilize seu tempo quando o plantão acaba, costurando as toucas dos profissionais, os lençóis e aventais das pacientes, tudo rosa. Com o tempo, as próprias pacientes que foram beneficiadas pelo mutirão, passaram a contribuir com os lanches.

O superintendente da região de saúde Sudoeste, Wendel Moreira, exalta a atitude dos profissionais de saúde que somam forças para cuidar da saúde das pacientes. “Neste momento de pandemia e de todas as outras patologias que incidem sobre a população, eles se voluntariam preocupados com o seu próximo no momento de conversão de esforços. Eu vejo isso como uma virtude do profissional de saúde. Esses servidores fazem diferença onde estão”, destaca o gestor.

São trabalhadores que atuam antes, durante e depois da ação para que tudo aconteça, cuidando de detalhes para fazer diferença na vida das pacientes.

“Desde 2017 eu sempre faço uma lembrancinha, que é uma caneta decorada, para distribuir. É em torno de 150 canetas, para a ginecologia, maternidade e oncologia. De abril para maio eu já começo a planejar e fazer as coisas”, relata Olívia, que neste ano está fazendo as contribuições de casa. Ela planejou a ornamentação de casa, recortou os materiais e teve o auxílio das colegas para colocar tudo no lugar.

*Com informações da Secretaria de Saúde