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24/10/2020 às 15:25, atualizado em 25/10/2020 às 15:52
Serão 72 especialistas e 84 técnicos, que irão fortalecer a rede de proteção social do DF
O secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente, anunciou a nomeação de 156 servidores no concurso da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) para os próximos dias. No total, serão 72 especialistas e 84 técnicos. A declaração foi feita em entrevista concedida ao programa Barba na Rua, da TV Comunitária de Brasília, nesta sexta-feira (23).
“Quando entramos no governo este concurso estava parado. Nós destravamos para poder estruturar as áreas sociais do governo”, afirmou, lembrando os entraves do certame no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
O secretário disse que mesmo com as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a nomeação será concluída nos próximos dias. “O processo de nomeações ficou mais lento por uma restrição nacional para que a despesa de pessoal não cresça. Mas a área social é prioridade e por isso estamos finalizando a nomeação de 156 servidores, que farão um importante trabalho no DF”, declarou.
Prova disso é que o governo Ibaneis, também por ação da secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Rocha, quase dobrou a alocação de recursos na área social em 2020. “Aquilo que já era prioridade do governador Ibaneis ganhou ainda mais relevância agora, com a pandemia”, ressaltou Clemente.
O concurso público da Sedes prevê provimento de vagas e formação de cadastro reserva para técnico em Assistência Social, nas especialidades Agente Social e Cuidador Social (nível médio), e para especialista em Assistência Social, referente aos cargos de Educador Social, Direito e Legislação, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social (nível superior).
O Governo do Distrito Federal (GDF) pagou uma ajuda financeira aos 757 candidatos que fizeram o curso de formação profissional. O valor da bolsa foi de 50% da remuneração prevista no edital normativo para o cargo.
Proteção social
Atualmente, a rede de proteção social do Sistema Único de Assistência Social (Suas) do Distrito Federal conta com 67 unidades de gestão direta da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pelos dados do Cadastro Único, são 170.081 famílias inscritas no banco de dados para programas sociais do governo Federal e do GDF e 58.771 famílias são beneficiárias do programa DF Sem Miséria.
Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, as nomeações dos concursados vem em um momento importante, quando a Sedes está finalizando o planejamento da volta ao trabalho presencial neste período de pandemia da Covid-19. “Temos 27 Centros de Referência de Assistência Social, os conhecidos Cras; as 18 unidades dos Centros de Convivência e os 11 Centros Especializados, os CREAS; além das seis unidades de acolhimento e dos dois Centros Pops, que não pararam nem um dia neste período de isolamento social em razão do novo coronavírus, garantindo o atendimento socioassistencial para os cidadãos, em especial os idosos e a população em situação de rua”, destaca a secretária.
Toda essa nossa rede de atendimento precisa ser fortalecida com a chegada desses novos servidores, uma vez que a demanda de trabalho aumentou consideravelmente nos últimos meses e, agora, com os estudos para retomar o trabalho presencial, temos a certeza que teremos um aumento na procura dos nossos serviços e programasMayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Socialcentro
Como medida de segurança por causa da pandemia do novo coronavírus, a Sedes suspendeu temporariamente o atendimento presencial nas unidades socioassistenciais de gestão direta do governo distrital. A medida, porém, não interrompeu o trabalho das equipes, que continuam orientando as famílias de baixa renda e mantêm o contato frequente com os usuários, tanto por telefone quanto por grupos de WhatsApp.
Em razão da grande demanda, as linhas telefônicas dos centros de atendimento precisaram ser reforçadas. “Todos os centros de referência ganharam linhas novas de atendimento à população”, explica a secretária Mayara.
Orçamento
Segundo Clemente, o GDF tem como prioridade cuidar das pessoas. “Antes, se falava em crescimento econômico. Hoje falamos em desenvolvimento econômico, que é crescer a economia com qualidade de vida. Isso significa uma sociedade mais justa, com todos tendo acesso às mesmas oportunidades”, destacou. “Isso é o que o governador tem solicitado a todos os secretários: promover o desenvolvimento econômico”.
Ainda na entrevista, o secretário afirmou que os recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) estão disponíveis no orçamento, de acordo com o que está previsto em lei, mas necessita de projetos para a sua execução. “Acreditamos que muitos artistas recebem merecidamente os recursos da cultura, então precisamos fortalecer essa política. E o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartholomeu Rodrigues, tem feito um belo trabalho para atender à população”, concluiu.
Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, todos os recursos disponíveis este ano para o FAC estão sendo disponibilizados aos agentes culturais dentro de uma política de ampliar o seu alcance. “O FAC é um instrumento poderoso para fomentar a cultura e este ano cuidamos para que fosse aplicado de maneira mais transversal, favorecendo artistas que antes não tinham acesso e ficavam à margem do planejamento dos editais. Faz parte da política do GDF para a cultura descentralizar mais os recursos e estimular a produção na periferia.”
*Com informações da Secretaria de Economia