09/11/2020 às 20:46

Ação contra febre amarela começa pelo bairro São José

Equipes avaliaram 82 cartões de vacinação e fizeram a imunização de 22 pessoas no primeiro dia de cobertura

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília

Equipe da Dival faz controle químico em áreas de mata, com borrifação, para eliminar mosquitos / Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde

No último boletim do Ministério da Saúde sobre monitoramento de mortes de macacos, o Distrito Federal recolheu 69 macacos mortos para análise, sem a confirmação de caso positivo para febre amarela.

Vacinação e prevenção

Presente à ação sanitária, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero, destacou que a vacinação é a principal medida para prevenir a disseminação da febre amarela, transmitida em áreas urbanas pelo mosquito Aedes aegypti. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da doença é principalmente o mosquito Haemagogus.

“Além da vacinação, a população também deve ficar atenta para, quando vir um macaco morto, nos comunicar para fazermos o exame nos corpos. Lembrando que eles não transmitem a doença aos seres humanos. Por meio deles temos a primeira ideia de monitoramento das áreas prováveis de contaminação”, explicou Divino.

Ao mesmo tempo, uma equipe da Vigilância em Saúde vai fazer uma busca ativa no local por mais corpos de macacos em toda a região. Desde quinta-feira (5), como medida ambiental, a equipe da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) tem atuado próximo ao bairro São José e realizado controle químico, com borrifação, para eliminar os mosquitos Aedes aegypti da área, além de fazer a captura de alguns insetos para análise laboratorial.

A morte de um primata não humano (PNH) em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus em regiões de matas e florestas. Portanto, eles são indicadores importantes para a vigilância contra a febre amarela. Caso a população encontre macacos mortos, o ideal é comunicar a ocorrência pelo telefone (61) 99269-3673 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Casos em humanos

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o Distrito Federal não registrou casos da doença em seres humanos em 2019 e em 2020. Neste ano foram notificados nove casos suspeitos, mas nenhum deles positivo para a doença.

No entanto, em 2018, o DF teve dois casos confirmados, mas de pessoas contaminadas em São Paulo. Cabe ressaltar que a principal medida de prevenção contra a doença é a vacinação.

No DF, a cobertura vacinal de febre amarela está em 62,9%. A vacina é aplicada com uma dose aos nove meses de idade e um reforço aos quatro anos. Pessoas de cinco a 59 anos de idade, não vacinadas ou sem comprovação vacinal devem tomar dose única.

 

* Com informações da Secretaria de Saúde