15/11/2020 às 11:51, atualizado em 16/11/2020 às 10:20
Pavimentação das ruas da cidade a um passo da conclusão
Rua 8 está pronta e comunidade organiza corrida de carrinho de rolimã. GDF já investiu na obra R$ 530 milhões e empregou 1.650 pessoas
Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília | Edição: Freddy Charlson
Grupo de moradores pretende organizar uma rua de lazer e uma corrida de carros de rolimã para comemorar a pavimentação | Foto: Divulgação
Comemoração
A ideia de fazer a corrida de carrinho de rolimã surgiu da própria comunidade. Um dia, a professora Wercilene Gama Ribeiro Bonifácio, 49 anos, estava saindo do trabalho e voltando para casa quando passou pela Rua 8. Ao ver o asfalto pronto, imaginou o local cheio de pessoas praticando atividades físicas. “Nem caminhadas podíamos fazer aqui. Sempre precisamos sair de Vicente Pires para praticarmos alguma atividade de lazer. Além disso, acho que hoje em dia as crianças ficam muito em casa. Elas precisam ir para a rua brincar como antigamente”, diz.
Em um grupo no whatsapp, ela falou da ideia para os vizinhos que logo toparam participar. Da iniciativa, surgiu o projeto Vem pra Rua VP, que tem comissão organizadora, reúne 20 moradores e já fez até a primeira reunião.
O projeto comunitário quer promover uma Rua do Lazer no trecho de um quilômetro da via, entre a interseção com a Rua 4A e a Rua 3. O evento está previamente marcado para 13 de dezembro, um dia sem chuvas, segundo a previsão do tempo.
O desejo dos moradores foi ao encontro dos planos do administrador Daniel de Castro Sousa, que também participa do grupo. Ele já tinha mandado fazer um carrinho de rolimã pensando em descer o asfalto novo da Rua 3, onde antes até carros tinham dificuldade de transitar. “Sofremos demais na Rua 3. Os moradores ligavam para mim falando de um carro atolado lá. Íamos socorrer e voltávamos sujos de barro para a administração”, conta Daniel.
Para a professora Wercilene Gama Ribeiro Bonifácio, os dias difíceis também ficaram para trás. “Sempre fiquei indignada ao ver meus alunos chegando na escola sujos de barro e ficarem presos até 21h esperando a água baixar para os pais conseguirem buscá-los”, diz. “Agora, a chuva voltou a ser uma bênção, não nos causa mais medo. É um sonho ver as ruas asfaltadas, com calçadas e meios-fios sendo feitos”, completa a professora que chegou a anunciar sua casa para venda, mas desistiu e tirou o anúncio. “Agora não saio mais daqui.”