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17/11/2020 às 18:29
Foram 79 curtas e 23 longas inscritos. Quatro longas e oito curtas serão escolhidos
O tamanho do carinho e respeito à Mostra Brasília se mede pela quantidade de projetos inscritos nesta 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Foram 79 curtas e 23 longas. A Comissão de Seleção escolherá quatro longas e oito curtas.
Espaço exclusivo para exibição e premiação de filmes realizados no Distrito Federal desde 1996 e uma das principais vitrines do cinema da cidade, a Mostra Brasília tem papel fundamental no fomento do audiovisual local e já mora, definitivamente, no coração do festival mais emblemático do país.
“Tive a felicidade de todos os meus filmes terem participado da Mostra Brasília e de ter sido premiado duas vezes”, comenta o cineasta, Santiago Dellape referindo-se ao curta, “Ratão” (2010) e ao longa-metragem, “A Repartição do Tempo” (2016).
Santiago Dellape conta que é importante o brasiliense acompanhar as sessões e conhecer os técnicos, filmes que são produzidos na cidade. “Diferente da Mostra oficial, que tem a coisa da competição muito mais forte, ali tem um clima bem mais leve e descontraído”, compara.
Conheça abaixo a trinca de juradas da Comissão de Seleção responsável por escolher as 12 produções que farão parte do FBCB de 2020.
Glória Teixeira (presidente)
Diretora de cinema e teatro, roteirista e dramaturga, a mineira Glória Teixeira também tem experiência como socioterapeuta e terapeuta floral. Criadora e diretora do Ponto de Cultura, “Giz-No Teatro em Rede de Cultura” também está à frente da OSCIP, “Resgate da Vida”.
No tablado, atuou e dirigiu mais de 20 espetáculos, dos quais se destacam “Woyzeck” (1996), “As Noivas de Salomão” (1998) e “A Morte da Arte” (2008).
No audiovisual, se envolveu em diversos projetos como atriz, produtora e diretora. Destaque para a parceria com o realizador goiano, Lázaro Ribeiro, em três filmes sobre personalidades da cidade de Goiás Velho, “Hugo – O Filme” – sobre o poeta Hugo de Carvalho – “Caminhos de Pedras” – sobre a vida e obra de Cora Coralina e “Maria Macaca” – sobre carregadeira de água que matava a sede histórica cidade.
Escreveu e roteirizou o curta-metragem “Romeu Imaginário”, em 2015. Com o longa-metragem, “Dulcina”, sobre a vida e obra da atriz e diretora de teatro Dulcina de Moraes, venceu quatro prêmios na Mostra Brasília 2019 (Filme Júri Oficial, Filme Júri Popular, Arte e Atriz para o elenco feminino do filme). Pela dedicação em ensinar artes cênicas na rede pública de ensino médio, recebeu o prêmio “Professora Cidadã do Mundo”, do Sinpro.
Maria Gal
Atriz, apresentadora, criadora de conteúdo, produtora e palestrante, a baiana Maria Gal também está à frente da Maria Produtora, empresa que elabora conteúdos audiovisuais em sintonia com temática racial e feminina para cinema, tevê e mídias digitais.
Começou a carreira, jovem, vivendo diversas personagens na Rede Globo, Netflix, Canal Brasil e Record TV. Destaque para a novela, “As Aventuras de Poliana”(SBT/NETFLIX). Nos palcos, atuou em peças como, “Sonho de uma Noite de Verão” e “O Cravo e a Rosa”. No exterior, foi destaque em trabalhos como “Anjo Negro + A missão” e “Ensaio sobre Carolina”. O reconhecimento fora do país veio com o prêmio, “Madrid International Festival”.
Figura ativa nas redes sociais, colunista da revista Vogue, Maria Gal, faz uso da popularidade no campo virtual no combate ao racismo, palestrando sobre o tema em eventos importantes, como o TEDXSP (programa de conferências) e o Women Will (Google). Participou do Fórum Igualdade Racial e ministrou palestra no Ministério Público de Trabalho.
Carina Bini
Realizadora audiovisual, especializada em direção e narrativas, Carina Bini tem experiência na curadoria e direção de dezenas de mostras de cinema. Fundadora da Atman Filmes, é diretora geral e cocuradora do Festival Internacional Cinema & Transcendência, que está na sua sétima edição.
Da experiência dos cinco anos em que viveu na Índia, realizou os documentários “Devi Índia Divina”, “Magia da Música e Dança da Índia”, além da série, “Planeta Índia” e o curta-metragem “Índia, My Love Story” (seleção oficial New Delhi Film Festival – 2016).
No Brasil, produziu e dirigiu o documentário, “O Brasil Visto por Dentro”. No momento, prepara-se para dirigir seu primeiro longa-metragem de ficção, “La Mamma”, co-produção com o cinema italiano e a série documental “As Pajés”, financiada pelo FAC – Fundo de Apoio a Cultura do DF.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa