11/12/2020 às 08:38, atualizado em 11/12/2020 às 21:21

‘GDF Saúde em operação e já possui 10 mil adesões’

Presidente do Inas-DF, Ney Ferraz elogia funcionalidade do plano dos servidores, que recebe R$ 20 milhões mensais do GDF e é o mais barato do mercado

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Fábio Góis

Adesões de pessoas físicas e prestadores de serviço cresce a cada dia, comemora Ney Ferraz | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

As mensalidades dos planos convencionais têm aumento anual. Isso deve acontecer com o plano do servidor?

A ANS permite o aumento, mas só faremos isso conforme a necessidade. Porém, para isso acontecer, é necessário um projeto de lei, com um cálculo específico para justificar [o aumento]. O governo repassa 1,5% da folha total, o que dá mais de R$ 20 milhões por mês. Os planos da iniciativa privada não têm esse repasse. Não há essa necessidade de ficar alterando. Esse aumento pode acontecer por causa de fatores externos – como uma hiperinflação, por exemplo.

Os cadastros e credenciamentos estão dentro do previsto?

Antes, o plano não tinha credibilidade. Se o governador Ibaneis Rocha não tivesse dado o suporte necessário, não teria dado certo. Sem ele seria impossível que esse plano virasse realidade. Estamos mostrando que o projeto saiu do papel e está dando certo. E essa confiança se reflete nas adesões e nos credenciamentos de prestadores de serviços, que só crescem a cada dia. Em menos de dois meses, já temos quase 10 mil vidas inscritas para adesão e mais de 340 prestadores de serviço em processo de cadastro. Estamos falando de vidas que serão salvas. O plano de saúde tem uma dupla vertente, que é tratar bem e valorizar os servidores. Se isso acontece, eles vão trabalhar melhor e a população só tem a ganhar. Também é uma forma de aquecer a economia com a contratação de mais pessoas, para suprir as demandas nos hospitais particulares e desafogar o SUS [Sistema Único de Saúde].

“No próximo ano, todas as secretarias estarão aptas a se cadastrar. Então, a previsão é de que a gente tenha cerca de 300 mil vidas beneficiadas pelo plano”Ney Ferrazcentro

A coparticipação é algo que assusta o servidor. Podemos mostrar, com exemplos práticos, quanto o servidor vai ter que desembolsar?

Não é algo para se preocupar, até porque existem limites para essas contribuições. Vamos usar um exemplo da consulta médica, que segundo nossa tabela custa cerca de R$ 85. O servidor paga 30% desse valor, ou seja, R$ 25,50. Para os casos de internação e procedimentos hospitalares, o percentual é de 5%. Porém, há um limite de R$ 5 mil por procedimento e, ao ano, o limite é de R$ 15 mil. Alguns são contínuos, mas considerados únicos. Tomamos todo o cuidado de não onerar o servidor. Ele já está passando por um momento difícil e chega uma conta muito cara para pagar? Esse valor poderá ser dividido, descontando 20% no contracheque, até que ele quite o total. Mas, é claro que cada caso é um caso e estamos abertos para conversar.

Qual a expectativa para 2021?

No próximo ano, todas as secretarias estarão aptas a se cadastrar. Então, a previsão é de que a gente tenha cerca de 300 mil vidas beneficiadas pelo plano. São milhares de pessoas a menos no SUS [Sistema de Saúde Público]. Isso gera a roda da economia porque o hospital vai ter mais procura e, consequentemente, vai ter que contratar mais funcionários, fazer uma expansão. As notas fiscais devem aumentar e, assim, o governo também arrecada mais. Todos têm a ganhar. Para o final de 2022, a previsão é de 500 mil vidas beneficiadas. Em breve estaremos assinando com as forças de segurança e entrando em acordo com estatais, empresas públicas e sociedades de economia mista.