13/12/2020 às 12:41, atualizado em 15/12/2020 às 13:50

LGBTI+ em vulnerabilidade recebe apoio do GDF

Alimentos, materiais de assepsia e máscaras vêm sendo distribuídos desde outubro a 350 pessoas inseridas nas políticas de acolhimento do governo

Por Hédio Ferreira Jùnior, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

Além das doações, orientações sobre os canais de denúncia contra crimes de LGBTfobia são repassados às pessoas atendidas pelo programa | Foto: divulgação

A Sejus é o órgão do GDF responsável pela promoção de direitos da população LGBTI+. A pasta tem a função de, entre outras coisas, criar políticas públicas de garantia de direitos e de enfrentamento ao preconceito, permitindo que esse grupo da sociedade também tenha voz e seja respeitado em todos os espaços.

De acordo com a secretária Marcela Passamani, a pandemia ampliou a vulnerabilidade de diversos grupos, incluindo a comunidade LGBTI+. “É por isso que nós atuamos, em parceria com as organizações da sociedade civil, em ações sociais voltadas a essas pessoas. O público LGBTI+, assim como as demais pessoas vulneráveis, é também atendido em nossas ações itinerantes com serviços de cidadania e justiça”, afirma Marcela.

Além das doações, orientações sobre os canais de denúncia contra crimes de LGBTfobia são repassados às pessoas atendidas pelo programa. “O mais importante dessa ação, além de ajudar a quem precisa, tem sido o contato com o público e ampliação das informações. Informar a população sobre a LGBTfobia e minimizar o preconceito é a nossa missão. Temos recebido com acolhimento e respeito nossa missão nas ruas”, conta a assessora especial da Coordenação de Políticas de Proteção e Promoção dos Direitos e Cidadania LGBT, Melissa Massayury.

Para Maurício Martins, diretor geral do projeto, adequar o Brasília sem LGBTfobia às condições impostas pela pandemia em 2020 foi necessário para manter a ajuda às pessoas que precisam de assistência. Em anos anteriores, as ações da ONG eram realizadas nas paradas que reuniam mais de 100 mil pessoas no DF. “Nos ajustar foi necessário para garantir a segurança alimentar dessas pessoas e ajudá-las na prevenção ao contágio do novo coronavírus”, diz ele.

O GDF, por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania, tem atuado em questões relacionadas diretamente à comunidade LGBTI+ de Brasília. Atualmente, debate a portaria que trata da transferência de mulheres trans para o sistema socioeducativo feminino. Para isso estão capacitando servidores do sistema carcerário para lidar com essas detentas, assim como os profissionais da saúde para garantir a elas um atendimento humanizado na reclusão.