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14/12/2020 às 11:50, atualizado em 14/12/2020 às 14:37
Coleta seletiva para 26 cidades, reforma de 13 parques, investimento em reciclagem e redução de 50% de áreas queimadas são destaques deste ano
Os resíduos da construção civil (RCC) também estão sendo mais bem-aproveitados no DF. A Unidade de Recebimento de Entulho (URE), no Aterro Sanitário da Estrutural, passou a receber a doação de entulhos recicláveis. O SLU, além de reciclar esse tipo de resíduos, agora também separa as ferragens, plásticos e madeiras que são descartados em meio aos entulhos para doar às cooperativas de catadores.
“Já repassamos quase 19 mil toneladas desse material para RAs e para o DER”, contabiliza Tannús. “Brita, cascalhos, são transformados em areia, por exemplo, que são utilizados em obras públicas do DF. Também fizemos doação de outros materiais para cooperativas”. No total, já foram recicladas cerca de 275 mil toneladas de entulho até o início deste mês.
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As ações inovadoras seguem a política nacional de resíduos sólido, sem esquecer o foco social. Trazem benefícios para agentes ambientais que são os catadores de matérias recicláveis organizados em cooperativas em várias regiões do DF.
Na lista dos papa-entulhos, as próximas cidades a receber o equipamento são Águas Claras – uma unidade – e Santa Maria, que terá duas. Os três estão em fase final de instalação. Com um investimento R$ 593 mil, já são 13 desses equipamentos em todo o DF.
Recomposição de vegetação nativa
A Sema também centrou forças na preservação e restauração de áreas ambientais. O Projeto Orla iniciou a recuperação de 65 hectares ao longo das áreas de preservação permanente (APPs) da orla do Lago Sul do Paranoá.
As ações compreendem ainda a recomposição da vegetação nativa de 80 hectares de nascentes, áreas de recarga degradadas ou alteradas nas bacias dos rios Descoberto e Paranoá. A recuperação dessas áreas envolve o plantio de sementes e mudas, condução da regeneração natural, enriquecimento em áreas alteradas e plantios agroflorestais, entre outros procedimentos. Os parques ecológicos do Riacho e Águas Claras já foram beneficiados.
As queimadas nos parques, áreas de proteção ambiental e reservas biológicas do DF caíram pela metade em 2020 – diferentemente de vários biomas brasileiros, que enfrentaram aumento dessas ocorrências. “Não só as campanhas de educação ambiental contribuíram, mas fizemos aceiros em 90% das unidades de conservação e eliminamos pontos onde o fogo podia chegar”, explica o secretário de Meio Ambiente.
Melhorias em parques
A reforma de 13 parques da capital seguiu como prioridade para o Brasília Ambiental este ano. Muitos desses locais, em situação precária e sem qualquer plano de uso ou de manejo, precisavam de intervenção em suas áreas.
Para tanto, foi organizada uma força-tarefa com diversos órgãos ambientais, operação por meio da qual se juntaram ao Brasília Ambiental a Sema e a Terracap, para a recuperação dessas unidades. O trabalho, que vem sendo feito desde 2019, segue sucesso.
Na lista dos parques já contemplados, destacam-se Sucupira (Planaltina), Saburo Onoyama e Cortado (Taguatinga), Águas Claras, Olhos d´Água (Asa Norte), Areal, Copaíbas e Ermida Dom Bosco, (Lago Sul), das Garças (Lago Norte), Ezechias Heringer e Denner (Guará), Tororó (Jardim Botânico) e Jequitibás (Sobradinho). Os próximos são os parques ecológicos Três Meninas, Veredinha, Paranoá, Lago Norte, Asa Sul, Riacho Fundo e do Gama.
“Muito mais do que criar, o importante é manter nossos parques”, explica o presidente do Brasília Ambiental, Claudio Trinchão. “Fizemos todo tipo de melhoria, além de investir na sinalização, que estava muito ruim. Colocamos 400 placas em 18 unidades conservação, fundamentais para o usuário se localizar.”
“Muito mais do que criar, o importante é manter nossos parques”Claudio Trinchão, presidente do Brasília Ambientalcentro
A emissão de licenças ambientais também cresceu exponencialmente. Foram 923 autorizações emitidas pelo Brasília Ambiental no biênio 2019/20, até o início de dezembro. Para funcionar, empreendimentos como postos de gasolina, obras precisam da permissão.
“Vamos chegar a mil licenças até o fim do ano”, comemora o gestor. “Nunca nenhum governo alcançou essa quantidade em quatro anos. Revisamos os processos internos e usamos novas metodologias para dar mais agilidade a isso”.
Jardim Botânico
Os espaços que abrigam os bichos também ganharam melhorias. Estão na lista os recintos dos elefantes-africanos, dos hipopótamos, das serpentes, da tartaruga- mordedora e ainda casa de criação – local onde se criam as lagartas e pupas, que se tornam borboletas.
Já os novos playgrounds infantis serão feitos de estruturas de madeira plástica reciclável e servirão de palco para educação ambiental de meninos e meninas. Um deles, com cerca de 150 metros quadrados, é apontado como um dos maiores do DF.
No Hospital Veterinário do Zoológico, até agora já foram registrados 104 atendimentos a animais nas áreas de clínica e cirurgia, seja ambulatorial ou hospitalar. Além dos tutelados, o zoo atendeu 574 espécies de outras instituições.