17/12/2020 às 13:36, atualizado em 17/12/2020 às 17:01

Flanelinhas terão capacitação em outras áreas

Cursos da Secretaria de Trabalho fazem parte do cadastramento de guardadores e lavadores de carro. Eles têm até 8 de janeiro para entregar documentos

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Freddy Charlson

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

De acordo com o secretário Thales Mendes Ferreira, o procedimento vai possibilitar acesso às garantias e direitos na questão previdenciária – devido ao cadastro na Delegacia Regional do Trabalho | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Capacitação

Após a validação da documentação, a secretaria oferecerá qualificação nas áreas desejadas. Os cursos são de atendimento ao público, novas tecnologias de lavagem ecológica ou biolavagem, pagamento e transferências financeiras digitais e boas práticas no uso dos recursos hídricos. A Secretaria de Trabalho também poderá ofertar outras áreas de interesse desse público.

Aqueles que querem permanecer como flanelinhas receberão um kit biolavagem, composto por um crachá de identificação, colete, boné, produtos e utensílios necessários para exercerem a atividade. “A biolavagem é uma tendência. São utilizados cerca de 300 ml de água para lavar um carro, por exemplo”, comenta Ferreira. Cada kit deve custar em torno de R$ 200.

O presidente do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos do DF (Sindglav/DF), Valdivino Diogo Silva, elogia a ação do GDF. “Finalmente olharam para a nossa categoria. Esperávamos que o cadastro e os cursos dessem certo há muito tempo. O registro trará mais seriedade para a nossa profissão. Só temos a agradecer ao governo local”, comemora o representante.

Antônio Casimiro, 56 anos, é flanelinha há 45 anos no Setor Comercial Sul (SCS). É desse trabalho de cerca de 12 horas por dia que ele ajuda a sustentar a esposa e os três filhos. “Antes da pandemia do novo coronavírus, costumava lavar cerca de 30 carros por dia, além dos veículos vigiados. Agora diminuiu consideravelmente, então os cursos serão muito importantes para termos uma segunda opção”, comenta o morador de Ceilândia.