24/12/2020 às 16:04, atualizado em 25/12/2020 às 10:30

Saiba como lidar com o perigoso caminho das doações

Crianças e adolescentes são usadas para explorar a solidariedade dos brasilienses. GDF ajuda a enfrentar a violação de direitos

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

O GDF faz articulação por parcerias para multiplicar a ideia de que não é legal doar ou comprar de crianças e adolescentes| Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Articulação

“Uma das maiores perversidades para o desenvolvimento de uma criança é a sua exploração. O trabalho infantil é uma triste realidade que precisa ser combatida com a ajuda de todos”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Temos realizado diversas atividades para mobilizar a sociedade. Nesta época de fim de ano, é importante que as pessoas evitem realizar suas doações pelas ruas, mas que procurem órgãos e instituições que desenvolvem de forma séria as políticas de proteção às crianças e aos adolescentes”, orienta.

É importante que as pessoas evitem realizar suas doações pelas ruas da cidade, mas que procurem os órgãos e instituições que desenvolvem de forma séria as políticas de proteção às crianças e aos adolescentesMayara Noronha, secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama do DFesquerda

A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente dizem que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos dos meninos e meninas. “Mais do que nunca, precisamos proteger nossas crianças e adolescentes de qualquer ameaça. Juntos podemos mudar essa realidade”, ressalta a titular da Sejus, Marcela Passamani.

Por isso, o GDF faz articulação por parcerias para multiplicar a ideia de que não é legal doar ou comprar de crianças e adolescentes. Cartilhas serão distribuídas em pontos diversos das cidades do DF, como no comércio e no transporte público, para chegar ao máximo de pessoas possível. Além disso, há aproximação com as cidades que cortam o DF.

“Muitas dessas famílias vêm do Entorno, então começamos também uma articulação com municípios como Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas e Planaltina de Goiás, com intenção de ampliar no próximo ano, para fazer ação integrada com os órgãos socioassistenciais das cidades”, explica Juliana Castro.

Também reforçam as ações o Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Trabalhador Adolescente no Distrito Federal (Fórum PETI-DF) e do Instituto Sociocultural, Ambiental Tecnológico de Projetos de Economia Solidária (Ipês), com protocolo específico de atendimento.

Canais de denúncia

Se vir alguma criança vendendo algo, pedindo esmola ou em outra situação de trabalho, procure a Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca) por telefone (3213-06577, 3213-0763 ou 3213-0766) ou e-mail (cisdeca@sejus.df.gov.br). Outra alternativa é o Disque 100.