05/01/2021 às 18:35

Policlínicas passam a distribuir medicamentos para tratamento da hepatite B

Mudança amplia a rede, facilita acesso dos pacientes e acaba com espera de até 30 dias para conclusão do cadastro

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

Os pacientes que estão em tratamento contra a hepatite B contam com novos pontos para retirar os medicamentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição que ocorria nas três farmácias de alto custo agora é feita em seis policlínicas localizadas em cinco regiões administrativas. Além de facilitar o acesso, também foi ampliada a rede para dispensação. A medida ocorre após o Ministério da Saúde alterar o perfil desses medicamentos saindo do Componente Especializado para o Componente Estratégico.

“A alteração dos locais de dispensação dos medicamentos da hepatite B visa à desburocratização do acesso, uma vez que não será mais necessário o agendamento no número 160 para a entrega da documentação”, destaca a diretora de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Walleska Fidelis. Ela informa que anteriormente “a espera era de 30 dias para avaliação, aprovação e dispensação dos medicamentos. Com o novo fluxo, o paciente terá acesso aos medicamentos na mesma hora”.

Confira quais são os medicamentos e os novos locais para retirada:

 

A transição da mudança do perfil dos medicamentos começou em outubro e a migração foi concluída na última segunda-feira (4). Com a mudança, os pacientes não precisam mais fazer o cadastro exigido no Componente Especializado.

 

Para ter acesso aos medicamentos, basta apresentar os seguintes documentos:

 

A doença é infecciosa e agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da hepatite (HBV). O HBV está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.

A história natural da infecção é marcada por evolução silenciosa, geralmente com diagnóstico após décadas da infecção. Os sinais e sintomas, quando presentes, são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença, na forma de cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal. A ocorrência de pele e olhos amarelados é observada em menos de um terço dos pacientes com hepatite B.

Notificação compulsória

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória regular. Ou seja, todos os casos confirmados devem ser notificados às autoridades de saúde e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em até sete dias. De acordo com a gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, é de extrema importância que qualquer profissional de saúde público ou privado notifique os casos de hepatites B e C por meio da Ficha de Investigação Hepatites Virais.

Apesar de ser uma doença de notificação compulsória desde 1998, a subnotificação é um problema frequente no Distrito Federal, sobretudo na rede privada. Ainda há profissionais de saúde que informam desconhecer a ficha e a necessidade da informação.

A notificação das hepatites e demais doenças de notificação compulsória é uma ferramenta de extrema importância para fornecer informações sobre a doença, subsidiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para a melhoria da situação de saúde da população.

A Secretaria de Saúde ressalta a importância do correto e completo preenchimento da ficha, pelos profissionais de saúde, não deixando campos ignorados ou em branco, pois isso prejudicará a análise da situação epidemiológica da doença.

*Com informações da Secretaria de Saúde