26/01/2021 às 20:38, atualizado em 26/01/2021 às 20:44

Palácio do Buriti recebe iluminação nas cores da bandeira trans

Objetivo é dar visibilidade à comunidade e promover a conscientização sobre a diversidade de gênero, além de buscar adesão à luta contra a transfobia

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

Em homenagem à Semana da Visibilidade Trans, o Palácio do Buriti será iluminado, pela segunda vez, nas cores rosa, azul e branco referentes à bandeira trans (transexuais, travestis e trangêneros). O objetivo é dar mais visibilidade à comunidade, promover a conscientização sobre a diversidade de gênero e aderir à luta contra a transfobia no Distrito Federal. A nova iluminação, que faz parte da programação da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), começou na segunda-feira (25) e segue até esta sexta-feira (29).

“Lembramos que a luta por respeito e igualdade de gênero não é apenas nesta data. Todos os dias, travetis, transexuais e transgêneros enfrentam desafios para terem seus direitos garantidos e serem reconhecidos como cidadãos. Nesta semana, quero lembrar que essa comunidade não está sozinha, e que pode contar com o nosso apoio”, ressalta a secretária de Justiça, Marcela Passamani.

O Dia da Visibilidade Trans é celebrado em 29 de janeiro. Neste ano, a Sejus dedica a semana para ações de conscientização on-line, como o lançamento de um site voltado para este grupo, que reúne informações de interesse público e políticas de promoção aos direitos humanos. O portal vai entrar no ar nesta sexta-feira (29).

Pacto

Segundo o IBGE, a expectativa de vida das pessoas trans no Brasil é de 35 anos. Em 2019, o Governo do Distrito Federal, por meio da Sejus, assinou o Pacto de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica que, juntamente com o Governo Federal e os estados têm buscado ações de combate ao preconceito e a violência contra a população LGBT.

Para o morador do Guará Adam Victor Jesus Ferreira, 24 anos, essa iniciativa é fundamental para garantir a cidadania das pessoas trans. “Eu sinto que a visibilidade trouxe mais respeito para a gente, assim como, as lei de proteção aos direitos humanos”, pondera.

Denúncias por LGBTfobia

Em caso de agressão por motivação LGBTfóbica, a Sejus orienta a população que a denúncia seja feita de forma presencial na Decrin, no telefone 197 ou na delegacia eletrônica. Em casos de violação de direitos humanos, a vítima deve ligar para o telefone 162 ou acessar o site da Ouvidoria.

Saiba Mais

Em 29 de janeiro é celebrado no Brasil o Dia da Visibilidade Trans. A ideia surgiu em 2004, quando um grupo de ativistas trans participou, no Congresso Nacional, do lançamento da primeira campanha contra a transfobia. A campanha foi promovida pelo Departamento DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, com o objetivo de ressaltar a importância da diversidade de gênero.

A data passou, então, a representar a luta cotidiana das pessoas trans pela garantia de direitos e pelo reconhecimento da sua identidade, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade.

Entenda a diferença entre as identidades de gênero, que contemplam a letra “T”, na sigla LGBT

Transexual

Termo genérico que caracteriza a pessoa que não se identifica com o gênero de nascimento. Evite utilizar o termo isoladamente, pois soa ofensivo para pessoas transexuais, pelo fato de essa ser uma de suas características e não a única. Sempre se refira à pessoa como mulher transexual ou como homem transexual, de acordo com o gênero com o qual ela se identifica.

Travesti

Pessoa que vivencia papéis de gênero feminino, sendo uma construção de identidade de gênero feminina e latinoamericana. A travesti foi designada do gênero masculino ao nascer, mas se reconhece numa identidade feminina. O termo foi por muito tempo utilizado de forma pejorativa, mas tem sido ressignificado pelo movimento LGBT, como forma de reconhecer a importância da mobilização das travestis na luta por direitos igualitários no Brasil.

Trangênero

O termo “transgênero” ou “trans” se refere a uma pessoa cuja identidade de gênero – o sentimento psicologicamente arraigado de ser um homem, uma mulher, ou nenhuma das duas categorias – não corresponde à de seu sexo de nascimento.

 

*Com informações da Secretaria de Justiça