27/01/2021 às 13:55, atualizado em 27/01/2021 às 14:01

Após o temporal, GDF age com prontidão

Cerca de mil servidores da Novacap, Defesa Civil, CEB, Corpo de Bombeiros e SLU saem às ruas para garantir a volta da normalidade

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília | Edição: Carolina Jardon

A Companhia Energética de Brasília (CEB) mantém 70 equipes de pronto atendimento e manutenção para fazer reparos necessários em função da chuva Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

Áreas mais afetadas
Apesar de acometer todo o DF, as regiões mais afetadas foram Asa Norte, Parque da Cidade, Eixo Monumental, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sudoeste/Octogonal e Guará. Morador do Cruzeiro, o oficial de manutenção Delmo dos Santos, de 43 anos, conta que se surpreendeu com a chuva. “Na quadra onde moro teve queda de árvore e hoje vi várias equipes espalhadas pela cidade. Não tinha como prever ou prevenir. Agora tem que arrumar as coisas”, diz.

A Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi acionada para quatro ocorrências. Na Octogonal, o teto de uma igreja desabou e o prédio teve de ser interditado. Os outros casos envolveram queda de árvore: no Park Sul; na 308 Norte; e na 306 Norte. Neste último, o órgão avalia se há necessidade de interdição de uma casa, onde o caule ficou apoiado e é preciso removê-lo para verificar os danos ao imóvel.

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) precisou reforçar várias equipes de varrição e remoção para garantir a limpeza das áreas afetadas. No Guará, dez varredores foram deslocados para fazer o trabalho manual. Na região do Plano, equipes foram deslocadas para Parque da Cidade e Palácio Buriti. Outra região que ganhou reforço foi no Sol Nascente. Na região conhecida como Cachoeirinha, em Planaltina, houve ação de retirada de lixo no local que ficou acumulado devido à enxurrada.

Enquanto isso, a Companhia Energética de Brasília (CEB) mantém 70 equipes de pronto atendimento e manutenção para fazer reparos necessários em função da chuva. Os profissionais trocam postes abalroados, fazem reparo de cabos e trocam transformadores, entre outras ocorrências emergenciais provocadas pela chuva. Na última tempestade, foram mais de 340 chamados em todo o DF.

Vem mais chuva

Neste janeiro, a chuva está acima da média. Segundo o Inmet, o DF acumulou 261,6 milímetros até agora: 25% a mais do que todo o esperado para o período. O mesmo aconteceu no ano passado, quando a capital federal também ficou acima da média, com acúmulo de 319 milímetros.

Segundo o meteorologista Mamedes Melo, nada disso é anormal. “É comum acontecerem chuvas de curta duração e forte intensidade nessa estação do ano”, ressalta. O DF segue em alerta amarelo, com possibilidades de chuvas intensas, que podem evoluir para o aviso laranja. Ele explica que a Escala de Beaufort é usada para classificar a intensidade dos ventos e considera aqueles de 62 a 74km/h como ventania, que normalmente provocam quebra de galhos.