06/02/2021 às 18:05, atualizado em 08/02/2021 às 12:07

Homenagem à cultura do Nordeste no cerrado

Lei inclui no calendário oficial de eventos do DF, o Encontro Nordestino, que será celebrado a partir de maio

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Representantes da cultura da região consideram que nova lei fortalece a “colônia nordestina” no Distrito Federal  

A primeira migração em massa de nordestinos a chegar ao cerrado foi nos primórdios do surgimento de Brasília, em meados dos anos 1950. Até a inauguração da capital, eles somavam 58 mil, hoje representam quase 23% da população do DF. Só de baianos, a maior colônia dos nove estados do Nordeste radicada aqui, são 142.743. Os piauienses, representados por mais de 137 mil moradores, vêm em segundo. São milhares de sotaques da região que aqui se espalharam, trazendo na bagagem uma riqueza cultural singular.

Idealizador e coordenador do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, há 15 anos promovendo a cultura da região no DF, o jornalista, poeta e compositor, Affonso Gomes, também pesquisador do folclore nordestino e do forró, foi um dos nordestinos radicados no cerrado que lutou para que essa homenagem fosse concretizada. “Brigamos muito por um dia especial para homenagear a cultura nordestina. Por isso, acho muito justo a inserção dessa data no calendário oficial do GDF”, agradece. “A mão de obra mais forte que JK usou na construção de Brasília, a meu ver, foi a dos trabalhadores nordestinos. Para onde eles vão, carregam consigo os costumes e a pujança da forte cultura”, contextualiza.