08/03/2021 às 12:48, atualizado em 09/03/2021 às 11:41

Saúde da Família cobre 65% dos lares no Distrito Federal

Equipes técnicas percorrem as cidades orientando sobre cuidados básicos para evitar doenças. Confira como é a entrada no sistema de saúde distrital

Por Marlene Gomes, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Inês Santos: “Foi muito bom a equipe ter vindo até aqui”

Na mesma tarde em que fez a primeira consulta da recém-nascida Marcela, na QNO 12, a Equipe Verde esteve na casa Inês Maria Santos, na QNO 05. A vendedora autônoma, de 28 anos, correu para se consultar na UBS 07, ao ver o resultado positivo no teste de gravidez a que se submeteu em uma farmácia. A primeira consulta foi marcada e realizada na própria residência da paciente.

“Facilitou para mim”, contou Inês, mãe de Jheniffer Lorrany, de 8 anos. “Hoje o sol está muito quente e leva uns 20 minutos para andar até o posto. Tem dia que é a chuva. Foi muito bom a equipe ter vindo aqui.”

Na casa de Inês, a equipe fez o teste rápido de HIV e sífilis e já forneceu os resultados na hora. Depois foi a vez do Mãezinha, que é um conjunto de exames. A equipe também mediu a pressão arterial, calculou a idade gestacional e entregou o Cartão Pré-Natal, com a próxima consulta de Inês já agendada para 1º de abril, às 14h.

 Cobertura 

A Estratégia Saúde da Família cobre 65% da população do DF. Segundo o Plano Distrital de Saúde de 2021, o atendimento deve chegar a 75% de cobertura ainda este ano.

“Vamos fortalecer ainda mais a Atenção Primária, chegando aos mais vulneráveis” Fernando Erick, coordenador de Atenção Primária da SESesquerda

“Nossa meta é alcançar 100% de cobertura”, destaca o coordenador de Atenção Primária da SES, Fernando Erick. “Queremos expandir em quantidade de força de trabalho e na qualificação dos processos, para chegar mais perto da população e levar os serviços para dentro das casas.”

O DF tem 170 UBSs, cada uma com pelo menos uma equipe de ESF.  Elas são as portas de entrada para o sistema de saúde. Para que a Atenção Primária chegue de forma eficiente a todo o DF, a ESF percorre um caminho de desafios, que inclui a contratação de profissionais, capacitação de servidores e entrega de UBSs, principalmente em regiões mais vulneráveis, como as unidades de Samambaia e Recanto das Emas, recém-inauguradas.

[Numeralha titulo_grande=”170 ” texto=”Número de unidades básicas de saúde (UBSs) do DFdireita

Obstáculo é palavra que não existe para Fernando Erick. Ele se entusiasma com uma das próximas conquistas – a lotação de uma médica de família e comunidade no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina. “Vamos fortalecer ainda mais a Atenção Primária, chegando aos mais vulneráveis, como em Rio Preto, que é um território rural distante de todos os equipamentos de saúde de Planaltina”, enfatiza o gestor.