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10/03/2021 às 20:36
Em estado de calamidade, governo anuncia contratação de aposentados, construção de hospitais de campanha e amplia cargas horárias de técnicos da saúde
“Temos trabalhado em parceria com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), que tem nos ajudado nisso, e, também, o Tribunal de Contas do DF (TCDF), que tem nos assessorado para que a gente faça tudo dentro da mais perfeita legalidade e normalidade”, acrescenta Ibaneis Rocha.
Contratação
A Secretaria de Saúde vai abrir um processo seletivo para contratar profissionais aposentados com o objetivo de reforçar o combate ao coronavírus. O certame é válido para médicos das especialidades clínica, intensivista adulto, nefrologia, anestesiologia e neonatologia. No caso dos neonatologistas, o profissional poderá ser pediatra que tenha atuado na especialidade. Também serão contratados profissionais aposentados de outras áreas, como enfermagem e fisioterapia.
Atualmente, a rede pública de saúde possui 6.181 profissionais aposentados. Podem participar deste processo os profissionais tanto da pasta quanto do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os detalhes das inscrições e das unidades onde esses profissionais vão atuar serão divulgados em breve pela Secretaria de Saúde.
Outra medida é que os servidores ativos da Saúde terão a possibilidade de ampliação da carga horária de 20h para 40h. A medida vale para os médicos nas áreas clínica, intensivista adulto, nefrologia, anestesiologia e neonatologia, infectologia e pneumologia, e, também, para enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, de laboratório e de radiologia que atuam nas emergências, UTIs, unidades de cuidados intermediários e leitos de retaguarda da clínica médica.
A declaração de estado de calamidade pública é feita em casos onde há necessidade de remanejar recursos e reajustar as contas públicas, fortemente impactadas por situações humanas, ambientais e materiais. Neste caso, ele foi invocado pela pandemia do coronavírus (covid-19).
Quando o estado de calamidade pública é decretado pelo governo ele possibilita medidas como empréstimos compulsórios, o parcelamento de dívidas, o adiamento na execução de gastos públicos, a antecipação de receitas, a dispensa de licitação para realização de obras e serviços e o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Abre também o caminho para captação de recursos junto a fundos. Ações necessárias em um momento em que é preciso direcionar recursos e forças para enfrentar uma situação crítica como a do coronavírus em todo o mundo.