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18/03/2021 às 17:09, atualizado em 18/03/2021 às 19:20
Interessados em participar da seleção devem enviar seus trabalhos até 17 de abril
A segunda edição da Vitrine Virtual Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), na 508 Sul, abre as inscrições para artistas do DF interessados em divulgar seus trabalhos no Instagram do equipamento, gerido da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com republicações em outros perfis da pasta. Podem concorrer obras de artes visuais, cênicas, música, performance, contos curtos, poesia, HQs e slam (recitação de poemas), entre outros formatos.
“Recebi muitas mensagens preciosas que todo artista gostaria de receber, uma forma de ‘cachê afetivo’ para continuarmos a fazer o que fazemos” Marcos David, atoresquerda
No ano passado, a iniciativa superou as expectativas. Os 18 trabalhos selecionados alcançaram quase 76 mil pessoas, foram curtidos por mais de 6 mil, receberam mais de 200 comentários e foram compartilhados mais de mil vezes.
Os trabalhos podem ser enviados até 17 de abril, pelo e-mail 508sul@cultura.df.gov.br. Somente serão aceitas peças originais, de conteúdo autoral, em formatos cujos detalhes serão divulgados no perfil do Espaço Cultural Renato Russo no Instagram. O resultado, com os trabalhos escolhidos pela Secec, será divulgado às 17h de 26 de abril. A escolha será feita pela equipe do ECRR, que entrará em contato por e-mail com os selecionados para fechar o cronograma de apresentações.
Sucesso na mídia
Antes da pandemia, o artista Marcos David, de Ceilândia, circulava por semáforos nas ruas de sua cidade, com incursões por outros locais do DF – a Praça do Relógio, em Taguatinga, e pontos em Samambaia e no Plano Piloto –, com a performance Poesia de Maleta. Entusiasta do projeto da Secec, ele foi o recordista de visualizações no Instagram do ECRR (50.272).
“Foi uma iniciativa espetacular, literalmente”, conta Marcos, que é bacharel em interpretação teatral pela Universidade de Brasília (UnB). “Depois da veiculação do meu trabalho, cerca de 100 pessoas começaram a seguir meu perfil [@gillacenico]. Recebi muitas mensagens preciosas que todo artista gostaria de receber, uma forma de ‘cachê afetivo’ para continuarmos a fazer o que fazemos.”
“A Vitrine cumpriu o papel de movimentar, anunciar e expor o artista brasiliense, em um período delicado em que todos precisavam de algo para ver” Verônica Saiki, produtora de curtasdireita
O artista, que tirou de sua poética maleta mensagens como “Mais amor, por favor”, compara a reação dos transeuntes da capital federal, na espontaneidade que costumam manifestar, com a das crianças: “O público leigo é mais aberto e sensível que aqueles que frequentam teatro. São muito sinceros e afetuosos em suas manifestações”.
Projeto contínuo
O gerente do Espaço Cultural 508 Sul, Renato de Oliveira Santos, explica que a decisão de fazer da Vitrine Virtual Artística do ECRR uma ação continuada foi fruto do grande alcance da primeira edição.
“É importante que, na atual conjuntura, os artistas continuem em destaque na cena cultural do DF, tanto para divulgação dos seus trabalhos quanto pelo acalento para as pessoas nesse momento difícil pelo qual estamos vivendo”, opina o gestor, formado em administração de empresas com pós-graduação em gestão estratégica de pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Outra artista que se destacou na primeira edição da Vitrine foi Verônica Saiki. Seus curtas de animação celebrando os 60 anos da capital federal – Pedacinhos de Brasília 1 e Pedacinhos de Brasília 2 – chegaram perto de 2 mil visualizações. Verônica tem trabalhos concorrendo ao Prêmio Ludopedia 2020, competição voltada para jogos de tabuleiro do Brasil. O jogo que criou, Sanduíche, está entre os cinco finalistas na categoria Design Nacional Infantil. A votação vai até o final do mês, e ela acredita que a Vitrine ajudou a dar mais visibilidade ao seu esforço dentro da economia criativa.
“As curtidas e interações na postagem me trouxeram alegria também, algo que foi além do monetário”, conta. “A Vitrine cumpriu o papel de movimentar, anunciar e expor o artista brasiliense, em um período delicado em que todos precisavam de algo para ver, principalmente algo alegre. A Vitrine é de grande valia para todos.”
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa