23/03/2021 às 20:49, atualizado em 24/03/2021 às 20:01

Vacinação para profissionais do IML, de funerárias e da saúde

Doses estarão disponíveis sexta-feira (26) mediante agendamento. As categorias reúnem cerca de 100 mil profissionais

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

Os profissionais de saúde que trabalham no Instituto Médico Legal ou em clínicas, consultórios, laboratórios, farmácias e funerárias particulares serão vacinados a partir de sexta-feira (26).

A próxima etapa da imunização contra a covid-19 no Distrito Federal foi anunciada na tarde desta terça-feira (23) no Palácio do Buriti. As categorias reúnem cerca de 100 mil profissionais e a meta é vacinar entre 20% e 25% deles nesse primeiro momento.

Entram, neste momento, os médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares. A vacinação desse grupo será feita paralelamente à imunização dos idosos, mas esses profissionais devem agendar atendimento exclusivamente no site a partir de quinta-feira (25).

As entidades representativas dessas categorias precisam encaminhar a lista com nome, CPF e registro profissional dos beneficiários para a Secretaria de Saúde. O agendamento só vai ser liberado após o recebimento dessas listas.

“É uma grande quantidade de pessoas, mas o que nos deixa mais tranquilos é que boa parte desses profissionais já foi vacinada” secretário de Saúde, Osnei Okumotodireita

“É uma grande quantidade de pessoas, mas o que nos deixa mais tranquilos é que boa parte desses profissionais já foi vacinada”, afirma o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, ressaltando que o sistema não vai permitir que o profissional se vacine duas vezes. “Quando a pessoa fornecer seu CPF no agendamento, se ela tiver sido vacinada será detectada pelo sistema e ela não poderá vacinar novamente”, ressalta.

Quando esse grupo for concluído, será a vez dos profissionais da segurança, que inclui policiais civis e militares, bombeiros, agentes do Detran, conselheiros tutelares, rodoviários, fiscais do Procon entre outros.

“O governador Ibaneis Rocha determinou que um percentual de vacinas seja destinado para essas categorias que estão na rua, continuam trabalhando normalmente e estão mais sujeitas a contaminação. Mas sem atrapalhar a vacinação por idade”, disse o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.

A Secretaria de Saúde espera receber mais doses de vacinas nesta quarta-feira (24), mas o Ministério da Saúde não confirmou a quantidade.

Socorro a Águas Lindas

O sistema de saúde de Águas Lindas entrou em colapso nesta terça-feira (23) devido à falta de oxigênio. O prefeito do município goiano mandou um ofício para o governador solicitando ajuda emergencial porque eles só estariam recebendo oxigênio a partir de quarta-feira (24).

A taxa de transmissão baixou ainda mais e estava em 0,95 na última segunda. Enquanto 21 estados tiveram alta de casos, o DF teve uma queda de 5,22% esquerda

Sensível a essa situação, o GDF atendeu o pedido. “Não podemos aceitar mortes por falta de oxigênio. E pacientes não atendidos no entorno virão para o DF. O secretário de Saúde enviou um suprimento emergencial, sem afetar o fornecimento de oxigênio do DF”, conta Rocha.

Osnei Okumoto afirmou que o GDF abriu mais 20 leitos de UTI e mais 22 de enfermaria, mas a demanda continua alta. “Todo dia a gente vem ofertando mais leitos na nossa rede. Os hospitais privados também vêm aumentando seu quantitativo, mas a taxa de ocupação das UTIs está em 92%. Isso é preocupante, mesmo com a redução das taxas temos mais de 16 mil casos ativos, que são pessoas ainda capazes de transmitir o vírus.”

Segundo Gustavo Rocha, a taxa de transmissão da covid-19 baixou ainda mais e estava em 0,95 na última segunda-feira (22). Enquanto 21 estados tiveram alta de casos, o DF teve uma queda de 5,22% na média de casos semanais de 14 a 21 de março em comparação com a semana anterior.

O isolamento social se reflete também no transporte público, que registrou queda de 5% no número de usuários. A circulação de veículos nas ruas também caiu 6%.