Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
26/03/2021 às 17:28, atualizado em 26/03/2021 às 19:05
Secretaria de Meio Ambiente apresenta experiências-pilotos nas bacias do Descoberto e do Paranoá e na Orla do Lago
Recomposição na fonte
De acordo com a Sema, o público em geral pode conhecer as ações de recomposição da vegetação nativa em áreas de proteção permanente (APPs) de nascentes, cursos hídricos e em áreas de recarga das bacias hidrográficas do Descoberto e do Paranoá. Também podem ser conhecidos o projeto de água estruturada para irrigação da Bacia Hidrográfica do Descoberto e os sistemas agroflorestais (SAFs) mecanizados nas bacias do Paranoá e do Descoberto.
A subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, apresentou o Projeto de Recuperação de APPs da Orla do Lago Paranoá, que envolve o plantio de espécies nativas.
“As cidades têm grande necessidade de água potável e, paradoxalmente, são também grandes fontes de contaminação” Asher Lessels, representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)esquerda
Na Orla Sul, detalhou, as ações contam com recursos do Fundo Único de Meio Ambiente do Distrito Federal (Funam). Com diagnóstico já concluído, uma segunda etapa do plantio envolverá a Orla Norte do Paranoá, dentro do programa Recupera Cerrado, que tem recursos da Fundação Banco do Brasil.
A Bacia do Descoberto/Alto Descoberto contempla o Alto Rio Descoberto, o Ribeirão Rodeador e o Ribeirão das Pedras. Já a Bacia do Paranoá inclui o Lago Paranoá – Serrinha do Paranoá e a área do Riacho Fundo conhecida – Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Granja do Ipê. Juntas, respondem pela maior parte do abastecimento público do DF.
Também presente ao evento, o representante do Pnuma, Asher Lessels, afirmou que não se pode subestimar a importância de gerir de forma sustentável as bacias e fontes de água potável. “As cidades têm grande necessidade de água potável e, paradoxalmente, são também grandes fontes de contaminação”, analisou.
Dessa forma, explicou Lessels, o programa está comprometido a ajudar os países a cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, que trata sobre água potável e saneamento. “Temos muito por fazer e, nesse contexto, o CITinova é um passo importante para as cidades brasileiras”, complementou.
“O DF passou um susto em 2016 e 2017, com uma crise hídrica que trouxe muitos reflexos para a agricultura e para a sociedade urbana, mas que provocou novos comportamentos das instituições, produtores, organizações da sociedade civil” Luciano Mendes, secretário executivo da Seagridireita
Resultados do susto
O secretário executivo da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Luciano Mendes, explicou que a pasta executa muitas ações voltadas à segurança hídrica no DF.
“O Distrito Federal passou um susto nos anos de 2016 e 2017, um momento traumático com uma crise hídrica que trouxe muitos reflexos para a agricultura e para a sociedade urbana, mas que provocou novos comportamentos das instituições, produtores, organizações da sociedade civil. A partir disso, muitos projetos foram colocados em prática, e já começamos a ver os resultados”, afirmou.
Segundo a presidente em exercício da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), Loiselene Trindade, a gestão dos recursos hídricos é um tema que a Emater considera fundamental no momento atual. “Trata-se do bem mais precioso, a água, de grande relevância e importância para todos nós. Na Emater, atuamos em projetos de grande relevância junto aos produtores em várias bacias hidrográficas do DF”, disse.
Para a diretora do CGEE, Regina Silvério, quando o trabalho é feito em parceria e colaboração, os resultados são mais efetivos e, no somatório, é possível apresentar mais e melhores resultados. “A água tem um impacto direto na agricultura, mas reverbera fortemente em vários outros aspectos da vida dos cidadãos; e as iniciativas apresentadas, realizadas pela Sema no âmbito do CITinova, são focadas na melhoria da qualidade de vida do cidadão”, destacou.
Projetos apresentados
Água estruturada para irrigação da Bacia Hidrográfica do Descoberto
Estudo desenvolvido a partir de dois projetos-pilotos, um em área aberta e outro em estufa. A água que será utilizada na irrigação dos cultivos passa por três magnetizadores, sendo dois importados e um desenvolvido por pesquisadores brasileiros.
A água, submetida à Indução Magnética Estática (IME), possibilita uma hidratação maior que altera o metabolismo celular, disponibilizando mais energia para o crescimento das plantas, reduzindo o consumo de água e agrotóxicos. Os magnetizadores de alta vazão de água com baixo custo visam à maior intensidade e eficiência magnética, possibilitando aumento de produtividade em sistemas de irrigação convencionais.
O estudo analisa a intensidade de indução magnética que proporciona maior desenvolvimento vegetativo, produção de fitomassa e produtividade em culturas de milho, rabanete e alface. Os resultados esperados são maior qualidade da produção e redução de consumo de água para irrigação, e serão conhecidos até o final do ano.
Sistemas Agroflorestais (SAFs) mecanizados nas bacias do Paranoá e do Descoberto
A agrofloresta com mecanização testa a eficiência dos pontos de vista ambiental, social e econômico da inserção de maquinário na implantação desse modelo agrícola. O projeto já está implantado em 20 hectares, envolvendo 37 famílias. O foco é garantir que esses sistemas agrícolas, mais amigáveis do ponto de vista ambiental, contribuam para a continuidade de produção de água em qualidade e quantidade nas duas bacias hidrográficas que abastecem a maior parte da população de Brasília. Assim, a substituição de uma agricultura tradicional pelos SAFs com mecanização poderá ser mais atrativa para o produtor rural dessas localidades, melhorando a produção de água para os dois lagos de abastecimento público: Lago do Descoberto e Lago Paranoá.
Foram plantadas por propriedade, em média 400 mudas de diferentes espécies nativas. Para a implementação dos plantios, foram utilizados implementos específicos para Sistemas Agroflorestais, que estão sendo testados pelo projeto e são inéditos para essa atividade.
Áreas de Proteção Permanente (APPs) de nascentes, cursos hídricos e em áreas de recarga das bacias hidrográficas do Descoberto e do Paranoá
O projeto de recomposição de vegetação nativa em 80 hectares de áreas de preservação permanente (APPs) de nascentes, áreas de recarga hídrica e demais APPs degradadas ou alteradas nas Bacias do Rio Descoberto e Rio Paranoá, atua prioritariamente nas unidades hidrográficas (UHs) do Alto Descoberto, Ribeirão das Pedras e Ribeirão Rodeador, bem como nas UHs do Riacho Fundo e Lago Paranoá. Essas unidades são estratégicas para a recuperação ambiental, pois concentram nascentes e cursos hídricos que contribuem diretamente no abastecimento público do Distrito Federal.
Entre as ações, destaca-se o apoio ao pequeno produtor rural, com insumos e assistência técnica, permitindo o uso sustentável nas propriedades rurais, a regularização ambiental e a recomposição e proteção das APPs degradadas ou alteradas.
Durante todo o projeto, as áreas-alvos para a recomposição recebem diferentes técnicas de recomposição, a fim de analisar os diferentes processos naturais de sucessão de vegetação vegetal, o aumento da biodiversidade e a melhoria de habitats. Ao final, haverá capacitações e será elaborado material didático para distribuição, com a sistematização das melhores técnicas empregadas, permitindo a replicabilidade de projetos dessa natureza.
Recuperação de Áreas Degradadas e Danos nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) da Orla do Lago Paranoá
Prevê a recuperação da Orla do Lago Paranoá. Na Orla Sul, serão cerca de 65 hectares ao longo das APPs, com ações nos 30 metros às margens do espelho d’água. O investimento é de $ R$ 2.461.710, recursos provenientes do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam). A primeira etapa do trabalho na Orla do Lago Sul teve início na Arie do Bosque, na QL 10, no início do ano passado. A área em recuperação tem 4,5 hectares e recebeu plantio de 1.770 mudas de variadas espécies nativas do Cerrado. Desde dezembro de 2020, aproximadamente 40 hectares de áreas receberam ações de recuperação. Até o fim do ano, terão sido plantadas 44.230 mudas.
Na Orla Norte do Lago, as ações de recuperação serão executadas pelo Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental, de Minas Gerais, selecionado pelo Edital Recupera Cerrado, lançado pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Sema e o Brasília Ambiental. Os recursos são da ordem de R$ 1,42 milhões.
O Diagnóstico Ambiental das Áreas Degradadas na Orla Norte do Lago Paranoá apontou 202,90 hectares passíveis de recuperação. Do total, 40 hectares serão recuperados pelo Espinhaço. A instituição ainda está em fase de estudo para apontar as áreas prioritárias para receber o plantio de mudas.
*Com informações da Sema