29/03/2021 às 16:29, atualizado em 30/03/2021 às 15:58

Inclusão e equidade marcam live sobre mulheres na Cultura

Protagonistas de diversas linguagens artísticas participaram de evento on-line; foram debatidas propostas acerca da participação feminina no setor

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM

Carla Maia, tetraplégica e idealizadora do grupo de dança Street Cadeirante, defende cotas nos editais para pessoas com deficiência | Foto: Divulgação/Secec (foto tirada antes da pandemia)

Márcia Lobo, por sua vez, relatou o preconceito sofrido por ser cigana. Ela contou que só conseguiu estudar depois de adulta, em razão das tradições impostas pelo pai. “Hoje sou formada em cinco faculdades e faço da dança cigana uma ferramenta de inclusão e protagonismo para abraçar todas as mulheres”, ressaltou.

Idealizadora do “Street Cadeirante”, Carla Maia tetraplégica desde os 17 anos devido a um sangramento espontâneo na medula, contou que sempre quis estar em movimento. Após participar de um concurso de miss mundo cadeirante na Polônia, ela relatou que voltou querendo dançar, atividade que realizava na adolescência.

“Hoje o grupo cresceu e conta com aulas virtuais para todo o Brasil. Precisamos de vagas em editais para pessoas com deficiência, prêmios para quem faz eventos de inclusão e mais acessibilidade aos pontos de cultura”, reivindicou.

A subsecretária Sol Montes finalizou o encontro, defendendo a descentralização dos mecanismos da cultura e a inclusão de acessibilidade e capacitação para mulheres e demais grupos.

“A gente quer ouvir a comunidade para poder fazer cada vez mais. Vocês todas são de uma riqueza imensa. É só o começo. Ouvindo vocês, vamos trilhar todas juntas”, arrematou.

A participação das mulheres como proponentes em editais lançados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa  (Secec) não só superou a marca desejável de 30%. Foi além e alcançou a marca de 48%, no caso da aplicação de recursos da Lei Aldir Blanc, voltada para o auxílio ao setor cultural em razão da pandemia do novo coronavírus.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa