12/04/2021 às 10:18, atualizado em 12/04/2021 às 12:00

Mês de março teve o menor número de homicídios em 22 anos

Primeiro trimestre marcou redução de quase 30% nesses crimes, além de queda de 34,9% nos delitos contra o patrimônio

Por Agência Brasília* I Edição: Carolina Jardon

O conjunto de políticas adotadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) fez com que o Distrito Federal superasse as metas de redução de criminalidade. Levantamento realizado pela secretaria mostra que março teve o menor número de vítimas de homicídios para o mês em 22 anos.

Os números de vítimas dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) – que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte –  também foram os menores dos últimos 22 anos no mês de março. No trimestre, a redução desses crimes chegou a 35,3%, o que significa 48 vidas poupadas no período.

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“Em 2019, antes da pandemia, tivemos a menor taxa de vítimas de homicídio dos últimos 35 anos. Isso mostrou que a estratégia estava dando certo, mas precisávamos avançar. Em 2020, superamos esse recorde com a menor taxa dos últimos 41 anos, mesmo diante das incertezas da pandemia. Continuamos nos aperfeiçoando, com estipulação de metas até o final de 2022 e avaliação contínua de resultados, para, assim, conseguirmos manter as reduções significativas do ano passado”, enfatiza o secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo.

Nos primeiros três meses de 2020, o DF teve 116 vítimas de homicídios e, no mesmo período deste ano, 82, marcando 29,3% de redução. Isso significa 34 vidas salvas. Houve também redução de quase 30% nas tentativas de homicídio, de 212 para 149 registros. Em latrocínio, que recebeu atenção especial da segurança pública no ano passado, a queda foi de 70% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados registram que 63% dos latrocínios de 2020 ocorreram nos três primeiros meses, o que revela a tendência de redução ainda mais acentuada no decorrer do ano.

“O alto percentual de resolução pela Polícia Civil de crimes contra a vida foi muito importante nesse processo. A identificação e prisão de autores impacta a incidência desse tipo de crime, pois impede que esses criminosos reincidam ou mesmo sejam vítimas”, avalia Danilo.

“O alto percentual de resolução de crimes contra a vida da Polícia Civil foi muito importante nesse processo. A identificação e prisão de autores impacta a incidência desse tipo de crime, pois impede que esses criminosos reincidam ou mesmo sejam vítimas”Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública, esquerda

O secretário destaca também a intensificação da operação integrada Quinto Mandamento, que efetuou três mil abordagens a pessoas e mais de 700 a veículos nos primeiros três meses deste ano. “A intenção da operação é simples: preservar o maior bem do ser humano, que é a vida. Para isso, focamos nossas ações em locais, dias e horários críticos para coibir o tráfico de drogas e para retirar armas ilegais das ruas, crimes que têm relação direta com os homicídios”, explica.

Para o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido, a alta capacidade técnica dos policiais e os investimentos em tecnologia e inteligência são essenciais para a efetividade das investigações.

“Temos um plantão especializado, voltado somente à preservação de locais de crimes”, ressalta. “Isso nos permite produzir conhecimento qualificado para pautar nossa atuação. Toda delegacia tem hoje um protocolo de atuação que define prioridades e procedimentos das investigações. Temos uma PCDF capacitada, que vem garantindo alto índice de condenações de criminosos.”

Segurança para a população

Para o comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Márcio Vasconcelos, as diversas operações integradas coordenadas pela SSP, como a Vita Salutem e a Quinto Mandamento, foram muito importantes também para a redução de quase 35% nos Crimes Contra o Patrimônio (CPP) – que incluem os roubos a comércio, a transeunte, em transporte coletivo, de veículo, a residência e o furto em veículo.

“Ter as forças de segurança e outros órgãos trabalhando de forma integrada foi primordial para o DF atingir números tão importantes de redução da criminalidade. A Polícia Militar sempre foi e sempre será uma parceira nas ações de combate e prevenção do crime. Continuaremos integrados a outros órgãos nesse esforço conjunto de promover a segurança e o bem estar da população”, garante o comandante.

A maior queda apresentada nos crimes contra o patrimônio foi de furto em veículo – que chegou a 38,5%. Na sequência, aparecem roubo em transporte coletivo (-36,7%), roubo a transeunte (- 34,6%), roubo de veículo (- 30,8%), roubo em comércio (- 29,5%) e roubo a residência, que chegou ao decréscimo de 12,5%.

“A queda nesses tipos de crime representa 3,7 mil roubos e furtos a menos no Distrito Federal. São crimes que impactam diretamente a sensação de segurança da população. A Polícia Militar e as demais forças de segurança têm o desafio de manter esses crimes em queda e, se for possível, baixar ainda mais. Com muito trabalho, coordenação e inteligência, vamos conseguir”, finaliza Vasconcelos.

*Com informações da SSP/DF