20/04/2021 às 14:40

Caesb faz parte da Rede Monitoramento Covid Esgotos

Projeto vai monitorar os detritos de seis capitais do Brasil. No DF, além da companhia, a parceria conta com FAP-DF, UnB e ANA

Por Agência Brasília* I Edição: Carolina Jardon

Nos últimos 10 anos, a Caesb realizou diversos estudos sobre a epidemiologia do esgoto. Um dos projetos trata do consumo de drogas ilícitas a partir de coletas nas estações de tratamento de esgoto | Foto: Divulgação/Caesb

Na Caesb, três empregados estão participando ativamente no projeto. O trabalho de articulação institucional junto às demais instituições envolvidas, consolidação e divulgação dos resultados é realizado pelo superintendente de Projetos Especiais e Novos Negócios da Caesb, Fuad Moura Guimarães Braga.

A logística das coletas das amostras de esgoto é responsabilidade da superintendente de Operação e Tratamento de Esgotos, Ana Maria do Carmo Mota. A consolidação das análises realizadas em laboratório será feita pelo superintendente de Gestão Operacional, Luiz Carlos Hiroyuki Itonaga. Esse grupo participa de reuniões mensais com a equipe da UnB para planejamento e avaliação das atividades realizadas.

Segundo Fuad, a companhia tem amostras coletadas e devidamente conservadas desde setembro de 2020, o que permitirá a análise dos fragmentos virais do coronavírus e a geração de informações para as autoridades de saúde. “Temos expectativa de obter os primeiros resultados analíticos do DF ainda no primeiro semestre de 2021. Os recursos obtidos via FAP-DF nos permitem realizar análises e produzir dados por até 18 meses”, explica.

A professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB, Cristina Brandão, detalha que os estudos serão conduzidos pelo Instituto de Química e pelo Programa de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos da universidade. “A Caesb é mais do que uma parceira, a empresa faz parte desse projeto”, elogia.

 Webinar

No dia 16 de abril foi realizado o webinar Monitoramento do esgoto como ferramenta de vigilância epidemiológica no Brasil: do projeto piloto para a Rede Monitoramento COVID Esgotos.

O evento contou com a participação de Carlos Chernicharo (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT ETEs Sustentáveis), Thaís Cavendish (Ministério da Saúde), Oscar Cordeiro Netto, Marcelo Cruz e Sérgio Ayrimoraes (ANA).

No encontro, foram apresentadas as lições aprendidas com o projeto-piloto em Belo Horizonte, tendo como maior destaque o alerta precoce que o monitoramento do esgoto pode fornecer. Sobre o trabalho desenvolvido pela Rede, a ANA disponibilizou o Boletim de Apresentação das seis capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro) que integram os pontos de monitoramento do coronavírus nas redes de esgotos.

A divulgação dos resultados da Rede Covid Esgotos será realizada por meio de boletins de acompanhamento, mensais ou quinzenais. A partir dos resultados obtidos por meio das análises laboratoriais, que indicarão as concentrações do material genético do SARS-CoV-2 nas amostras, serão elaborados gráficos e mapas georreferenciados para possibilitar a visualização espacial e a temporal da ocorrência do vírus nos diferentes pontos amostrados.

Histórico

Nos últimos 10 anos, a Caesb realizou diversos estudos sobre a epidemiologia do esgoto. Um dos projetos trata do consumo de drogas ilícitas a partir de coletas nas estações de tratamento. É uma parceria entre a Caesb, a UnB e as polícias Federal e Civil do DF, além do Ministério da Cidadania e do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA).

*Com informações da Caesb