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09/05/2021 às 16:09, atualizado em 01/08/2021 às 00:49
Dez unidades públicas serão ampliadas em três regiões administrativas para melhor abrigar estudantes e professores. Investimento do GDF é de R$ 10 mi
Dez escolas públicas de Samambaia, Taguatinga e Águas Claras vão ganhar nos próximos meses novos blocos em suas edificações. A ampliação dos espaços – com mais seis salas de aula em cada uma das unidades – vai permitir, além do desafogamento de turmas, que estudantes transferidos para outras unidades por falta de vagas possam estudar agora perto de casa.
Além de conforto para alunos, pais e professores, as novas estruturas vão reduzir custos da Secretaria de Educação com o transporte escolar de crianças que precisavam se deslocar em maiores distâncias para estudar. Os recursos da pasta foram liberados à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), no total de R$ 10 milhões, para a construção de 11 blocos,
Em Samambaia, serão beneficiadas as escolas classe (EC) 111, 318, 512 e 614, além do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 120; em Taguatinga, as ECs 13 e 29, o Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Walter Moura, e a Escola Bilíngue. E em Águas Claras, o Centro de Educação Infantil (CEI).
O aproveitamento dos espaços existentes nas próprias unidades de ensino vai garantir mais conforto aos estudantes e professoresLeandro Cruz, secretário de Educaçãoesquerda
Necessidades especiais
Coordenadora da Regional de Ensino de Samambaia, Maria Elizabete Ferreira conta que a crise econômica desencadeada pela pandemia fez com que a rede pública recebesse mais estudantes em 2020. Desde março do ano passado, as aulas presenciais estão suspensas, mas ela aposta que as ampliações trarão benfeitorias às unidades da região.
“Vamos conseguir atender as recomendações do Ministério Público [do DF] em manter turmas menores com alunos com necessidades especiais e abrir novas vagas para possíveis transferências daqueles que estão em escolas longes de casa”, prevê.
Para ganhar celeridade nas expansões e deixar as unidades prontas no retorno das aulas presenciais – ainda sem data definida –, as obras serão feitas em módulos padronizados. São sete estruturas diferentes com tamanhos que variam de 874,9 a 1.185,8 m², de acordo com as necessidades de cada unidade.
A proposta foi desenvolvida considerando seis salas de aulas, dois banheiros para pessoas com deficiência e dois para uso geral. A estrutura será convencional, com vedação em alvenaria, cobertura metálica e telhas termoacústicas, que diminuirão o calor e o barulho. A previsão de início das obras é de até 30 dias.
Na EC 318 de Samambaia, o déficit de turmas atualmente é na educação infantil com crianças de 4 a 5 anos de idade. Jaqueline Soares é diretora da unidade e confia nos novos módulos para dar fim a essa limitação. “Com certeza esse bloco vai nos ajudar a atender toda a demanda da comunidade”, projeta.
“Vamos trabalhar para executar ações que beneficiem a comunidade escolar e garantam melhor qualidade de vida para a população” Fernando Leite, presidente da Novacapdireita
Eficiência e baixo custo
Cada sala de aula possui área de 43,8 m² e capacidade para 35 alunos, de acordo com o Decreto nº 20.769, de 1999. Os blocos contam ainda com pátio descoberto, áreas de circulação e de convivência e canteiros.
Secretário de Educação do DF, Leandro Cruz garante que a expansão da estrutura física da rede é uma das prioridades do governo – e não se resume só à construção de novas escolas. De acordo com o gestor público, o aproveitamento dos espaços existentes nas próprias unidades de ensino vai garantir mais conforto aos estudantes e professores.
“Os módulos são uma solução eficiente e de baixo custo para atender regiões onde a demanda de alunos vem aumentando”, explica.
Já para o presidente da Novacap, Fernando Leite, a participação da estatal na expansão da rede pública de ensino é algo que merece ser celebrado. “Investir em educação é também a prioridade dessa gestão. Vamos trabalhar para executar ações que beneficiem a comunidade escolar e garantam melhor qualidade de vida para a população”, avalia.