11/05/2021 às 21:39, atualizado em 11/05/2021 às 21:53

GDF apresenta ao governo federal espaço para indígenas venezuelanos

No total, 94 pessoas da etnia Warao são acompanhadas por equipe da Cáritas Arquidiocesana de Brasília, entidade parceira da Sedes

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) apresentou nesta terça-feira (11) ao governo federal o trabalho de acolhimento que desenvolve desde janeiro com 24 famílias da etnia Warao do norte da Venezuela.

No total, 94 indígenas são acompanhados por equipe da Cáritas Arquidiocesana de Brasília, entidade parceira da Sedes.

O acolhimento dos indígenas conta com o apoio e materiais cedidos por organizações internacionais

Lugar seguro

O local foi projetado e erguido emergencialmente durante a pandemia da covid-19 para ser um centro de atendimento, onde são desenvolvidas várias atividades para os imigrantes em situação de desabrigo.

Também participaram do evento o oficial de Proteção da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Pablo Mattos;  o chefe da Missão Organização Internacional para as Migrações (OIM) no Brasil, Stéphane Rostiaux, e a embaixadora da Venezuela, María Teresa Belandria.

O líder representante da etnia Warao, Miguel, disse estar muito agradecido pela gestão do GDF. “Temos um lugar seguro para viver com nossas famílias, respeitando nossas diferenças, onde todos ficamos juntos. O trabalho da equipe tem sido de grande importância para que possamos nos estruturar, estamos agora buscando empregos para ter o controle das nossas vidas.”

As mulheres indígenas aproveitaram a visita das autoridades para apresentar uma dança típica da cultura Warao. “Queremos agradecer por tudo que estão fazendo pela gente”, disse Jusayra.

Acolhimento

Desde janeiro, as 24 famílias estão vivendo no centro de atendimento, onde foram disponibilizados dormitórios, refeições, um espaço de convívio, além das atividades e oficinas com as equipes socioassistenciais.

As agências da ONU forneceram mantimentos e materiais para apoiar a adaptação dos espaços físicos, como kits de higiene e limpeza, kits de cozinha, beliches ou redes, e freezer.

*Com informações da Sedes