01/08/2021 às 08:47, atualizado em 02/08/2021 às 11:54

Bichinhos também recebem atenção do governo

Conheça os serviços prestados pelo Hospital Veterinário Público, o programa de adoção de animais e o trabalho contra maus-tratos 

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

Assim como os seres humanos, os animais também precisam de cuidados. Eles podem ficam doentes como nós e podem ter viroses, infecções bacterianas, micoses, fraturas, alergias e muito mais. No Distrito Federal, os pets têm um hospital público só para eles, localizado no Parque do Cortado em Taguatinga Norte.

Lá, é possível fazer consultas, exames laboratoriais, de imagem (raios-X e ultrassom), cirurgias, administração de medicamentos, entre outros. Desde 2019, 37.578 mil cães e gatos foram atendidos pela unidade.

Chefe da Unidade de Gestão de Fauna (UFAU) substituta, Edilene Cerqueira ressalta que os animais têm tido cada vez mais espaço na sociedade. “A sanidade deles é de extrema importância, especialmente porque tal fato interfere diretamente no equilíbrio do meio ambiente, no bem-estar deles e na saúde pública”, destaca.

Desde 2019, 37.578 cães e gatos foram atendidos no Hospital Veterinário esquerda

O Hospital Veterinário Público (Hvep) começou o agendamento eletrônico este mês. A medida tem o objetivo, em um primeiro momento, reduzir as filas e, quando consolidada, evitá-las, para proporcionar mais conforto e comodidade aos tutores e aos próprios animais. O serviço é resultado de uma parceria com a Secretaria de Economia, que desenvolveu o aplicativo. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

Para o agendamento eletrônico, os tutores devem fazer o cadastro no Ouv-DF, acessar o site https://agenda.df.gov.br, clicar no ícone do Brasília Ambiental, escolher entre as opções clínica médica, clínica cirúrgica e ortopedia, verificar data e horário disponíveis e escolher.

Na gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses também é possível fazer alguns procedimentos. No ano passado, por exemplo, foram feitos 448 exames para detectar a raiva e 2.800 de leishmaniose e 167.501 cães e gatos foram vacinados. “O objetivo é manter a saúde humana e dos animais, evitando que eles contaminem outros. É um gesto de carinho com eles também, que nos dão tanto amor”, afirma o veterinário da Zoonoses, Rodrigo Mena.

Adoção

Para quem é da área rural e pensa em adotar um animal de grande porte, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) oferece o programa Adote um Animal. A iniciativa proporciona uma nova oportunidade para cavalos, mulas, bois e búfalos, que são recolhidos porque viviam em locais inadequados. Até o momento, 21 animais foram adotados e oito estão disponíveis.

Os interessados devem preencher o formulário de cadastro e o termo de responsabilidade – disponíveis no site da Seagri, apresentar os documentos e protocolar no órgão.

Entre os critérios para adoção está a posse de local adequado e seguro para abrigo dos bichos. Além disso, os candidatos não podem ter histórico de maus-tratos a animais.

Segundo a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, a pasta também atua com políticas públicas voltadas aos animais de produção.

“Cuidamos da sanidade deles, evitando a propagação de doenças infectocontagiosas. Também trabalhamos em parceria com a Secretaria de Saúde no controle de zoonoses (doenças que podem ser transmitidas aos humanos pelos animais)”, comenta.

Já na Secretaria de Saúde, outro programa possibilita a adoção de animais domésticos. A Zoonoses tem cães e gatos aptos para a adoção. Eles já realizaram exames para leishmaniose e foram vacinados contra a raiva. Além disso, foram tratados contra possíveis parasitas (pulgas e carrapatos).Para adotar, a pessoa deve fazer cadastro de interesse no site Amigos da Zoonoses. É necessário apresentar documento de identificação com foto, ter acima de 18 anos, assinar um termo de responsabilidade e se comprometer a cuidar bem do animal.

Maus-tratos

Além de cuidar dos animais de estimação, o governo local também faz diversas ações contra maus-tratos. Os auditores fiscais do Instituto Brasília Ambiental são responsáveis por investigar denúncias vindas da ouvidoria do GDF. “Temos o prazo de um mês para responder. Vamos a campo, fazemos a vistoria do animal, do ambiente. Dependendo do caso, damos advertência, multa ou apreensão”, explica o auditor fiscal Victor Santos.

A multa para maus-tratos contra animais varia de um a 40 salários mínimos. Dependendo da situação, há responsabilização penal. Para denunciar, basta registar a solicitação no Ouv-DF ou pelo telefone 162. É preciso fazer o cadastro no site e acompanhar a manifestação com a senha de acesso recebida no ato do registro e o número do protocolo.