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09/08/2021 às 17:17
Compra de instrumentos, como uma nova harpa, inclui a aquisição de várias peças para o naipe percussão – seção que está mais defasada
[Numeralha titulo_grande=”R$ 690 mil” texto=”Investimento a ser feito pela Secretaria de Cultura na renovação de instrumentos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santorodireita
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai investir R$ 690 mil na renovação de instrumentos musicais da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), com ênfase para a aquisição de uma harpa, para substituir a que está em uso há mais de 30 anos, e de componentes do naipe de percussão – seção da sinfônica que está mais defasada e demanda maior compra de instrumentos institucionais. Essa lista inclui xilofone, dois conjuntos de pratos de choque de dois tamanhos, sinos tubulares, marimba, gongos orquestrais (ou tantãs, um tipo de tambor de formato cilíndrico ou afunilado) e crotales (pequenos discos afinados de bronze ou latão).
Além da compra de instrumentos, a OSTNCS recebeu outros investimentos neste ano: recursos para gravação dos concertos (R$ 120 mil) e compra de barreiras acrílicas de proteção dos músicos, quando houver o retorno das audições envolvendo o conjunto do corpo sinfônico no pós-pandemia (R$ 35 mil). A orquestra tem ainda um projeto de memória institucional, com investimentos no tratamento de partituras antigas.
O chefe da seção de percussão, Marcelo Riela, comemora a aquisição do material para o naipe que ocupa. “Sem a substituição desse material, não haveria ensaio”, exclama.
Ele lembra que cada instrumento de percussão sinfônica é único e muito específico. Ressalta que são instrumentos em sua maioria importados, de difícil acesso, e “cada aquisição é de suma importância”.
Riela é bacharel em percussão sinfônica, tem mestrado em educação profissional e trabalhou como percussionista em várias orquestras pelo Brasil antes de entrar na OSTNCS, no qual é o chefe do naipe desde 2007.
O timpanista solista Carlos Tort relata a situação de desconforto que os músicos do naipe de percussão experimentam quando são obrigados a improvisar, utilizando instrumentos que não são exatamente os que a partitura pede. “Alguns maestros ficam contrariados por não ouvir o som da percussão para determinada passagem da obra”, narra.
Tort lembra que a OSTNCS tem uma capacidade enorme de incorporar inúmeros estilos musicais ao seu repertório. “Artistas de todo o mundo apresentam seu trabalho frente à orquestra, solistas ou regentes. Com quantidade de repertório tão heterogênea, do barroco ao contemporâneo, passando pela música popular de diferentes países, arranjos sinfônicos diversos, o instrumental de percussão disponível tem de estar à altura da tarefa”, enfatiza.
Ele explica ainda que, para a percussão tenha como se estender a tudo que produza som que o músico queira experimentar, existe uma base da percussão sinfônica para uso cotidiano, formada por tímpanos, caixas claras, xilofones, glockenspiels, pratos de choque e suspensos, vibrafones, marimbas, tantãs, bateria completa, congas, bongôs, sinos tubulares, triângulos, pandeiros sinfônicos, wood blocks, gongos, matracas, chicotes e crotales.
“Impossível determinar quantos instrumentos existem nesse naipe. O limite é o da imaginação”, sintetiza o bacharel em percussão pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com especialização em teclados de percussão no Conservatório de Estrasburgo (França) e mestre em composição pela Federal do Rio Grande do Sul.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF