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22/09/2021 às 22:05, atualizado em 22/09/2021 às 22:09
No Dia Mundial sem Carro, ciclistas se reúnem na Esplanada dos Ministérios em nome do meio ambiente, do trânsito seguro e da saúde
“Temos uma cidade de vias largas, então dá sim para compatibilizar o uso do carro com o da bicicleta”Zélio Maia, diretor-geral do Detran-DFdireita
Cerca de 300 ciclistas tomaram conta da Esplanada dos Ministérios na noite desta quarta-feira (22). Com suas roupas reflexivas, bikes de diferentes modelos e capacetes, eles rodaram 10 km em um passeio em alusão ao Dia Mundial sem Carro. A iniciativa foi do Departamento de Trânsito (Detran/DF), que desenvolve campanhas educativas para estimular o uso da bicicleta e também o respeito ao ciclista.
Os participantes – de todos os cantos do DF – se reuniram em frente ao Museu da República e de lá foram até o Palácio da Alvorada, retornando ao ponto de partida. Suaram a camisa para convidar a população a uma reflexão: diminuir a dependência de veículos automotores em seus trajetos. Atualmente, a capital possui 2 milhões de automóveis em circulação.
Gente como a professora Mary Kato, 48 anos. Paramentada com sapatilhas, capacete e uma roupa rosa, ela deixou o carro no Gama e veio pedalando. “Tenho carro mas uso mais para viajar. Pedalar para mim é uma terapia, me faz muito bem. Mas, ainda acho que falta um pouco mais de respeito, de consciência dos motoristas com relação ao espaço usado pelos ciclistas”, avaliou.
A família Sousa veio de Sobradinho para o passeio. O aposentado Eleomar, 54 anos, e os filhos Gabriela, 18 anos, e Miguel, 13 anos, pedalam sempre juntos na Floresta Nacional (Flona), próximo à Taguatinga, e se empolgaram com o pedal noturno. “Acho importante o governo incentivar o uso de outras formas de transporte. É menos poluente, menos trânsito nas ruas”, opinou o pai de família. “Se ao invés de 2 milhões de carros nas ruas, tivéssemos o mesmo tanto de bicicletas, a vida estaria melhor”, completou.
Segurança dos ciclistas
Além do incentivo ao uso da bicicleta, a segurança do ciclista tem sido uma preocupação constante do Detran-DF, que vem realizando campanhas educativas, lembrando que ambos têm responsabilidade na preservação da vida de quem circula de bike pela capital.
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“Temos uma cidade de vias largas, então dá sim para compatibilizar o uso do carro com o da bicicleta”, destacou o diretor-geral, Zélio Maia. “Procuro sempre falar às pessoas que usem a bicicleta ou uma boa caminhada quando forem à padaria, ao comércio. Não há necessidade do carro”, acrescentou. Maia também participou do passeio e saiu à frente do pelotão de ciclistas.
As ações educativas têm surtido efeito até o momento: o número de ciclistas mortos nas vias da capital está em queda. Nos oito primeiros meses deste ano, houve uma redução de 40% na quantidade de óbitos em comparação com o mesmo período de 2020. E, o Detran tem pregado em suas campanhas um parâmetro importante: a distância de 1,5m que o motorista deve manter de uma bicicleta em circulação.
Convivência harmônica
A convivência harmônica entre os dois tipos de transporte vem melhorando muito, conforme lembrou o diretor de educação de trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja. “Hoje há uma consciência bem maior do espaço de cada um. E vamos promover mais passeios ciclísticos em todas as regiões administrativas mensalmente para falar de segurança e ainda para mostrar que é uma ótima alternativa ao uso de carros e motos”, disse.
O passeio ciclístico também marcou essa que é a Semana Nacional de Trânsito. O lema criado pelo Detran pelo em 2021 é: “No trânsito, sua responsabilidade salva vidas.” E o respeito ao ciclista, também.