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17/10/2021 às 11:11, atualizado em 17/10/2021 às 20:16
Ao comprar propriedade no Lago Oeste, Michele Alves se apaixonou pelo campo. Ela cultiva frutas, faz doces e lutou para comercializar em shoppings
Michele Alves Evangelista, 40 anos, é um exemplo de persistência e empreendedorismo. Foi há dois anos que ela, que também é professora, decidiu comprar uma propriedade no Lago Oeste e começou a empreender no meio rural. Foi também com muita luta que ela conseguiu dois pontos de comercialização em shoppings da cidade, onde vende seus produtos e de outros produtores do Lago Oeste.
Comercialização
A produtora começou a vender as geleias a pessoas que encomendavam diretamente dela. Mas, depois de muita persistência, conseguiu espaço em duas feiras que ocorrem nos shoppings Liberty Mall e Brasília Shopping, além da Ceasa.
“Eu entregava geleia para a dona de uma loja do shopping [Liberty] e um dia ela me falou da feirinha que acontecia no local todas as quartas-feiras. Procurei o marketing do shopping e pedi espaço. Um dia, um produtor que já comercializava verduras no local acabou desistindo e o shopping me ofereceu o espaço dele”, conta Michele, que vende frutas, hortaliças, geleias, ovos, pães, biscoitos e roscas fabricadas por ela e por mais três produtores.
A participação na feira do Brasília Shopping também surgiu da persistência de Michelle, que procurou a administração do centro comercial depois de ler uma postagem nas redes sociais. Ela conseguiu o espaço, aos sábados, onde vende os mesmos produtos do Liberty. Para a Ceasa, aos sábados, leva bolos e geleias.
Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtoresesquerda
Assistência técnica
Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtores. “Ainda não consegui dinheiro pra fazer tudo que quero, mas já está nos planos”, afirma.
E ela conta com o apoio da Emater também para isso, conforme explica a extensionista Isabella Belo, do escritório de Sobradinho. “Ajudamos a Michele desde o início, com manejo, plantio, regularização da agroindústria, do selo de orgânicos com assistência técnica. Fornecemos todas as orientações sobre cada um dos passos que ela deu, porque essa é função da Emater.”
Isabella conta que movimentos como o da professora, que levava uma vida urbana e acabou se mudando para uma propriedade rural, têm sido cada vez mais comuns no DF. “Temos atendido muitos casos assim, de pessoas que nunca tiveram ligação com a agricultura e, de repente, se mudaram para uma propriedade rural, geralmente pequena, e começaram a produzir e a gerar renda. Esse também é o público da Emater. Podemos ajudar”, informa.
*Com informações da Emater