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11/12/2021 às 16:24
Vítimas recebem atendimento com equipe multidisciplinar e, dependendo do caso, são encaminhadas a tratamento terapêutico
São 17 unidades do Cepav distribuídas nas regiões de saúde do DFdireita
Mulheres que são vítimas de violência podem contar com apoio da Secretaria de Saúde (SES), que disponibiliza uma rede voltada para esse público: as unidades do Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), mais conhecido como a “Rede de Flores”.
Atualmente, o Distrito Federal conta com 17 unidades distribuídas nas sete regiões de saúde. O acesso aos serviços ocorre por meio de encaminhamentos pela rede intrassetorial (unidades de saúde) e pela rede intersetorial (Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado da Assistência Social/Creas, Polícia Militar, Polícia Civil, órgãos do Judiciário e outros), além de demanda espontânea.
O Cepav oferece acolhimento, orientações e encaminhamentos. Dependendo do caso, a pessoa é inserida no processo terapêutico. Apesar da pandemia, o atendimento é mantido em todas as unidades. Em acompanhamento pelo Cepav Girassol, que fica no Hospital da Região Leste (antigo hospital do Paranoá), a técnica de farmácia Rosana da Cruz, de 37 anos, conta: “Fui atendida pela assistente social e agora estou fazendo acompanhamento psicológico, que tem me ajudado muito a refletir sobre situações que, muitas vezes, fogem do meu controle e do meu entendimento. Tenho sido bem-atendida e estou gostando muito. O acolhimento que recebo em cada sessão é fantástico”.
Dados
Na região de Saúde Central foram prestados 4.097 atendimentos em 2019, 1.446 em 2020 e 1.405 em 2021 (janeiro a setembro). Devido à pandemia, as atividades em grupo foram suspensas para manter os protocolos de segurança necessários no combate à covid-19.
A região de Saúde Sudoeste registrou 3.007 atendimentos em 2019, 1.385 em 2020 e, este ano, 5.093. Segundo o superintendente da região, Luciano Gomes, os números tiveram um aumento por conta da inauguração do Cepav Amarilis, no Recanto das Emas.
Já na região Oeste, em 2019 os números de atendimentos nas unidades do Cepav foram de 1.497; 910 em 2020 e, até setembro, 899 em 2021. Na região Norte foram 267 atendimentos em 2019, 358 em 2020 e 248 de janeiro a outubro deste ano.
Já na região Centro-Sul foram contabilizados os números de vítimas de violência doméstica que buscaram atendimento nos Cepavs Alfazema e Primavera. Foram atendidas no ano passado 65 mulheres e, até outubro deste ano, mais 65.
Na região Sul, responsável pelos Cepavs Gardênia e Flor do Cerrado, 115 mulheres vítimas de violência doméstica foram atendidas de 2019 a maio de 2021. Em junho deste ano, o Cepav Flor do Cerrado reabriu em Santa Maria, tendo registrado 281 atendimentos de junho a outubro.
Na região de Saúde Leste, responsável pelos Cepavs Girassol e Tulipa, foram 2.246 atendimentos em 2019, 1.226 em 2020 e 1.378 em 2021 (janeiro a setembro). Nos últimos dois anos, não houve atendimentos em grupo, em função da pandemia e da restrição para atividades coletivas. Deste modo, todos os atendimentos psicossociais foram prestados na modalidade individual.
Função
Os Cepavs oferecem acolhimento às pessoas em situação de violência interpessoal e suas famílias, encaminhamentos e orientações gerais, atendimento multiprofissional de forma individual e em grupo para crianças e adolescentes, em grupo para mulheres e atendimento médico ambulatorial para crianças e adolescentes, além de ações de prevenção, promoção da saúde e da cultura de paz junto à comunidade e escolas.
“O Cepav também é responsável por implementar a troca de experiência de gestão e de formulação de políticas públicas setoriais e intersetoriais para a atenção integral às pessoas vivendo em situação de violência e segmentos vulneráveis”, reforça a chefe do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção às Violências (Nepav), Leciana Lambert Filgueiras. “A equipe técnica do Nepav fornece assessoria técnica na temática violência para toda a rede de saúde do Distrito Federal.”
*Com informações da Secretaria de Saúde