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03/01/2022 às 11:36, atualizado em 03/01/2022 às 11:39
Vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde monitora casos constantemente
Nas últimas semanas houve um aumento no número de casos de influenza no Distrito Federal e em outros estados. No entanto, não foram registradas ocorrências complicadas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).
O DF já registrou oito casos de infecção pelo vírus influenza em 2021, sendo três de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) confirmados como Influenza A H3N2 e cinco não subtipados. Deste total, cinco pessoas necessitaram de internação hospitalar e outras três foram diagnosticadas com síndrome gripal e que não precisaram de internação. Isso indica que o número de casos da doença tem se mantido dentro do esperado até o momento.
“A vigilância da influenza no Brasil e no Distrito Federal ocorre por meio do exame RTq-PCR de secreção de Swab nasofaríngeo para pesquisa do vírus, realizado em unidades sentinelas de Síndrome Gripal (SG) e nos casos hospitalizados por SRAG, que devem ser notificados no Sivep-Gripe”, explica a enfermeira Cleidiane Carvalho, da área técnica de influenza da Gerência de Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar.
Um dos vírus respiratórios mais comuns entre os que causam agravamento é o da influenza, infecção respiratória aguda, causada pelos vírus dos tipos A, B, C e D. A vigilância sentinela foi implantada em 2000 e, desde então, os casos começaram a ser notificados.
O tipo A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias.
“Um dos principais objetivos da vigilância da influenza é monitorar o vírus e subtipo viral em circulação, não sendo necessária a coleta de todos os casos de síndrome gripal atendidos na unidade. Após confirmada a circulação viral, os casos podem ser encerrados por vínculo epidemiológico”, afirma Cleidiane.
Testagem e locais
Há um fluxo específico para o registro e notificação dos casos classificados como SRAG e síndrome gripal, estabelecido pelo Ministério da Saúde. As amostras coletadas nos pacientes com quadro de SRAG hospitalizados na rede pública do DF são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Alguns hospitais da rede particular também fazem o exame, ou podem encaminhar as amostras para processamento no Lacen.
“Não se preconiza testagem de influenza na Atenção Primária à Saúde, pois a identificação do sorotipo viral não é necessária para que seja iniciado o plano terapêutico e não muda a conduta clínica, que permanece a mesma para todos os casos de síndrome gripal sem complicação”, explica a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall.
Ainda segundo a subsecretária, o fluxo é estabelecido pelos protocolos do Ministério da Saúde que determinam a realização de testes somente nas unidades sentinelas, para acompanhamento de sorotipos virais prevalentes na região e nos hospitais, em caso de SRAG, para controle epidemiológico. “O rastreio do vírus nas unidades sentinelas é feito de maneira aleatória para identificar os subtipos virais em circulação e que eles sejam incorporados na vacina produzida para a cobertura de vacinação do usuário, ano seguinte”, detalha Paula Lawall.
Independentemente do tipo de vírus detectado, o tratamento para a influenza é o mesmo: muita hidratação, repouso e boa alimentação. O uso de fosfato de oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu®️, é indicado somente para pacientes com casos clínicos agravados, quando orientados pelo médico. O medicamento é entregue nas unidades básicas de saúde mediante receita.
O DF conta com oito unidades sentinelas que fazem a testagem por amostragem de casos com sintomas gripais, conforme preconizado pelo Ministério: UBS 2 Asa Norte, UBS 12 Ceilândia, UBS 1 Paranoá, UBS 5 Planaltina, UBS 12 Samambaia, UBS 1 Santa Maria, UPA Núcleo Bandeirante e Hospital Brasília.
*Com informações da Secretaria de Saúde