04/01/2022 às 08:56, atualizado em 05/01/2022 às 15:19

Com reforço de 700 servidores, assistência social amplia ação

Só com o Cartão Prato Cheio, GDF atendeu 93,5 mil famílias; restaurantes comunitários ofereceram mais de 8 milhões de refeições por apenas R$ 1

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Amparar e proteger socialmente cidadãos em situação de vulnerabilidade, assegurar os direitos às políticas de transferência de renda e propiciar dignidade seguem como pilares do GDF. Foram muitos os desafios em 2021, um ano ainda atípico, marcado pelo espectro do vírus da covid-19. Contudo, o apoio a indivíduos e famílias com vários graus de dificuldades foi garantido pelas eficientes ações, programas e benefícios das políticas de assistência social na capital federal.

Repúblicas LGBTQIA+ asseguram a dignidade para pessoas em vulnerabilidade social, risco pessoal ou com vínculos familiares rompidos | Foto: Divulgação/Sedes

O público LGBTQIA+ também foi contemplado pelas ações do GDF. Em maio deste ano, foi inaugurada a primeira República LGBTQIA+ do país. A ideia foi tão bem-sucedida que se multiplicou, e hoje há outras duas casas com o mesmo perfil. Trata-se de ambiente democrático e colaborativo onde os moradores, diferentemente de uma instituição de acolhimento tradicional, tomam contam do lugar, sob a supervisão da Sedes.

“Esse serviço oferece proteção para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, em risco pessoal, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados”, explica a gerente do Creas Diversidade, Árina Costa.

Desde que a pandemia invadiu a vida das pessoas no DF, cerca de 1,7 mil atendimentos de pessoas LGBTQIA+ foram realizados pelo Creas Diversidade e pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas). Essa ação tem garantido resultados gratificantes. Isso porque a maioria das pessoas beneficiadas que já passaram pelas repúblicas conseguiu emprego. “Essas casas têm como principal objetivo gerar autonomia e promover o protagonismo de quem mora lá”, avalia a titular da Sedes.

Casas de passagem

Desde março de 2021 estão em funcionamento as casas de passagem do DF, outra novidade do governo do Distrito Federal no campo da assistência social. O projeto consiste em ampliar o acolhimento de pessoas em situação de rua ou famílias inteiras, por um determinado tempo, até elas consigam se reestruturar na sociedade.

No DF, atualmente, existem oito novas unidades como essas especializadas no acolhimento de indivíduos ou famílias em situação de rua. São espaços voltados ao acolhimento de adultos e famílias, criando, assim, um ambiente familiar.

Todas as casas de passagem contam com cozinheira, orientadores sociais, psicólogos e assistentes sociais para o atendimento de mais de 650 pessoas já beneficiadas pelo serviço. Dessas, pelo menos 80 foram reintegradas à família, retornaram a seus estados de origem ou tiveram oportunidades de voltar para o mercado de trabalho. A expectativa da Sedes é criar, em breve, mais de 200 novas vagas de acolhimento institucional com aberturas de novas casas de passagem, concluindo as 600 novas vagas.