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26/01/2022 às 09:10, atualizado em 04/01/2023 às 15:47
O local era utilizado pelos moradores para descarte de lixo; situação começa a mudar em fevereiro, com o plantio das 200 primeiras mudas
Antiga demanda dos moradores de Sobradinho que começa a ser atendida é o fechamento do lixão do Polo de Cinema, uma área de 15 mil m2 localizada no cruzamento das DFs 215 e 326. O local, havia mais de 20 anos, era utilizado pelos moradores de Sobradinho, Sobradinho II, Grande Colorado, entre outros residenciais da região, para descarte de móveis, entulho de obras, carcaças e ossos de animais, além de lixo doméstico.
O depósito irregular de rejeitos dará lugar a um bosque com mil mudas de ipês-amarelos, cedidas pela Novacap. As 200 primeiras começam a ser plantadas na primeira quinzena de fevereiro, e a população será convidada a participar.
No momento, estão sendo utilizadas duas carregadeiras, uma retroescavadeira, dez caminhões e, de mão de obra, seis reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão subordinado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). A expectativa do responsável pelo Polo Norte do GDF Presente, Ronaldo Alves, é que nesta quarta-feira (26) sejam concluídas a limpeza e a cerca.
O líder comunitário do Núcleo Rural de Sobradinho II, Dário Coelho Viana, contou que o depósito irregular de lixo era um campo de futebol. “De uma hora para outra, vimos um campo de futebol ser transformado em um lixão sem que ninguém fizesse nada. Somos muito gratos ao Governo do Distrito Federal pela recuperação da área”, afirmou.
O professor Raimundo Ribeiro, morador de Sobradinho, comemorou o fim do lixão. Depois de se aposentar, ele tem se dedicado às causas ambientais. “Nós já denunciamos à imprensa oito vezes aquele lixão. O poder público retirava o lixo, e logo estava tudo de volta. O fim daquele lugar significa a retirada de circulação de doenças”, comentou.
Outro morador de Sobradinho, Heron de Sena Filho, destacou que o fim do lixão é fundamental para a saúde das pessoas e das águas, uma vez que as nascentes existentes no local levam volume para os rios Maranhão, que desemboca no Rio Tocantins, e São Bartolomeu, afluente do Paraná. “Se nós pagamos a taxa de lixo, que sentido faz jogar os rejeitos em um lixão? Também falta às pessoas educação ambiental”, frisou.