12/02/2022 às 15:42, atualizado em 12/02/2022 às 18:22

Futuro mais saudável para 5 mil pequeninos

Desde que foi instituído, em 2019, o Criança Feliz Brasiliense realiza visitas domiciliares para ampliar a rede de atenção e cuidado para o desenvolvimento integral da primeira infância

Por Flávio Botelho, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

As visitas domiciliares do programa ocorrem em regiões mapeadas pela Sedes e onde foi identificada a necessidade de serviços para as famílias com crianças na primeira infânciadireita

“Te digo que, para mim, ter começado a participar do projeto foi muito bom. Espero que mais famílias tenham a oportunidade de conhecer também”. O relato de Jaqueline de Sousa Bacelar, 36 anos, dá uma dimensão do impacto que o Criança Feliz Brasiliense teve na vida dela e do filho Miguel, de 2 anos, desde que começaram a receber a visitadora do programa há cerca de seis meses.

A iniciativa foi instituída em 2019 pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e, desde então, já acompanhou cerca de 5 mil beneficiários e suas famílias. Atualmente, 106 visitadoras atendem mais de 2,8 mil pessoas, entre gestantes e crianças de até 6 anos de idade.

O Criança Feliz Brasiliense é desenvolvido com a finalidade de apoiar as famílias e ampliar a rede de atenção e cuidado para o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. Por meio de visitas domiciliares, que duram em média 45 minutos, a equipe técnica da Sedes presta orientações sobre práticas que estimulam o progresso cognitivo, motor e socioemocional da criança.

No caso de Miguel, a visitadora Danielle Brito está incentivando-o com o pareamento de cores, utilizando materiais que a própria família tem em casa na atividade. “Ele já sabe todas as cores, faz a correspondência delas direitinho, inclusive em algumas outras brincadeiras que ele gosta, como em um jogo para celular”, conta Jaqueline, que é cabeleireira.

Atualmente, 106 visitadoras atendem pouco mais de 2,8 mil pessoas, entre gestantes e crianças de até 6 anos de idadedireita

A coordenadora do Criança Feliz Brasiliense, Ana Caroliny de Oliveira Sousa, explica porque a iniciativa incentiva que pais e mães participem das atividades. “O programa estimula os adultos a perceberem o potencial das atividades da rotina da casa como momentos de interação, afeto e estímulo ao desenvolvimento das crianças, podendo promover atividades lúdicas com outros membros da família e tornando o ambiente familiar cada vez mais favorável para as crianças se desenvolverem”, afirma.

As visitas domiciliares do programa ocorrem em Ceilândia, Estrutural, Taguatinga, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Recanto das Emas, Santa Maria, Paranoá, São Sebastião, Itapoã, Varjão, Brazlândia, Fercal, Sobradinho e Planaltina, regiões mapeadas pela Sedes, que identificou a necessidade  de serviços para as famílias com crianças na primeira infância.

O Criança Feliz Brasiliense é uma iniciativa que, apesar de ter foco na primeira infância, agrega também a atenção à família. É uma forma de o Estado estar mais próximo ao cidadão, vendo, ouvindo e, principalmente, entendendo de perto suas demandas”, enfatiza a secretária substituta de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

Sobre o programa

Podem participar do Criança Feliz Brasiliense famílias com:
> Gestantes do Cadastro Único;
> Crianças de 0 a 3 anos do Cadastro Único;
> Crianças de 0 a 6 anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC);
> Crianças de 0 a 6 anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida de proteção prevista no art. 101 da Lei nº 8.609, de 13 de julho de 1990.

A família interessada em participar do programa deve ter inscrição no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal, e buscar atendimento, por telefone ou presencialmente, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo de sua residência, para fazer o registro de interesse em participar do programa.

Dessa forma, a equipe do programa entrará em contato com a família para efetivar a adesão. A Sedes executa essa ação em parceria com o Instituto de Educação, Esporte, Cultura e Artes Populares (Iecap).

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