15/03/2022 às 19:18, atualizado em 15/03/2022 às 19:41

Pode preparar sanfona, zabumba e triângulo, que o forró está garantido

GDF e sociedade civil unem esforços para retomar atividade cultural de convivência para pessoas idosas de Taguatinga

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Desde que a pandemia da covid-19 se instalou no Distrito Federal, o forró semanal da Associação de Idosos de Taguatinga teve que parar. Cerca de dois anos após a interrupção, finalmente, a vacinação avançou e os índices negativos da doença começaram a cair. Aproveitando o momento favorável, a equipe de gestão da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) se reuniu com os associados nesta terça-feira (15), para planejar o retorno definitivo da atividade cultural no Centro de Convivência Mozart Parada, em Taguatinga Norte.

“A dança, assim como a musicalização e o lazer, faz parte do trabalho de convivência e fortalecimento de vínculos, que é o objetivo desse serviço”, destaca a secretária Mayara Noronha Rocha. “O forró vai voltar. Faltam pequenos ajustes para garantir a segurança das pessoas e a correta utilização do espaço”, completa a gestora.

Instituição parceira da Sedes no trabalho com pessoas idosas, a associação se comprometeu a adequar a ação ao estabelecido em termo de cooperação para que, o quanto antes, o tradicional ‘rela bucho’ das segundas-feiras volte mais animado e completamente seguro. “Nós estamos muito ansiosos por isso. Vamos alinhar todo o estabelecido o quanto antes”, garante a responsável pelo grupo, Maria de Lourdes da Silva Severino, de 72 anos.

“O forró vai voltar. Faltam pequenos ajustes para garantir a segurança das pessoas e a correta utilização do espaço” – Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Socialdireita

Com o retorno gradual dos encontros há cerca de seis meses, além do forró semanal, as mais de 100 pessoas que frequentam o local participam de atividades físicas, lúdicas, didáticas e de interação social, entre outras; sempre sob o comando de educadores sociais devidamente capacitados para tal.

Esse retorno apenas está sendo possível com todos cientes e obedientes das normas de higiene e com a apresentação do ciclo vacinal completo, inclusive, com a dose de reforço, devidamente comprovado por cartão de vacinação.

Há ainda a parceria com instituições de ensino superior. Alunos de especializações ligadas às áreas de saúde, principalmente de enfermagem, aferem pressão e glicemia de todos, além de levarem palestra sobre os mais variados temas ligados à prevenção de doenças e envelhecimento saudável.

Uma das unidades socioassistenciais mais antigas do DF, com mais de 30 anos de existência, o Centro de Convivência Mozart Parada, mais conhecido como Paradão, conta também com equipe própria da Sedes. Os profissionais prestam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos a mais de 70 pessoas de diversas faixas etárias.

Um equipamento público de encontro comunitário, o Paradão ainda é aberto ao público. Por meio de uma escala pré-estabelecida pela chefia da unidade, é possível usar as dependências do local, como as quadras de gramado sintético, o campo oficial e o ginásio poliesportivo no horário noturno e aos fins de semana. “Já temos alguns projetos sociais aqui e há a possibilidade de outros. Vamos analisar cada caso para que, cada vez mais, a população se sinta pertencente desse espaço”, aponta o secretário executivo de Desenvolvimento Social, Thiago Vinicius Pinheiro da Silva.

Centro de convivência

O centro de convivência é uma unidade pública de assistência social que se destina ao atendimento de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), em 16 centros espalhados pelo DF. Promovido em grupos e organizado a partir de percursos, tem como objetivo complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social.

Trata-se de uma forma de intervenção social planejada, que cria situações desafiadoras para estimular e orientar os indivíduos na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território.

*Com informações da Sedes