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21/03/2022 às 11:32, atualizado em 21/03/2022 às 17:20
No Dia Mundial da Infância, conheça o programa que atende mais de 3,2 mil beneficiários com visitas que estimulam o desenvolvimento e garantem uma rede de apoio às famílias
“Conseguimos, em menos de dois anos, dobrar o número de famílias acompanhadas, semanalmente, pelo programa. São mães que, agora, contam com uma equipe para auxiliar nos cuidados dos seus filhos, ensinar o mínimo para desenvolver a potencialidade dessas crianças e orientar suas famílias. É uma rede integrada de atenção ao desenvolvimento infantil, ações que impactam não somente as famílias, mas toda a nossa comunidade” – Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social direita
Já faz seis meses que a autônoma Viviane da Silva Sousa, moradora de Samambaia, ampliou a rede de apoio em torno do filho Bryan, de 2 anos, que tem autismo. Desde o cadastro no CadÚnico, eles foram selecionados para participar do programa Criança Feliz Brasiliense, que promove visitas a famílias vulneráveis do Distrito Federal, com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares e desenvolver as crianças atendidas. De 2019 até agora, o programa atingiu mais de 3,2 mil beneficiários.
“Sou mãe solo, não tenho nenhuma ajuda. Então me cadastrei no Cadastro Único, coloquei o Bryan e, logo após, me ligaram avisando que eu tinha sido selecionada e perguntando se eu tinha interesse no programa. Falei que sim e começaram as visitas”, conta Viviane.
A partir daí, semanalmente, os dois passaram a receber Sissi Daniel, uma das visitadoras do programa Criança Feliz Brasiliense, que faz atividades de desenvolvimento motor, cognitivo e sensorial com o pequeno, com duração de 30 a 45 minutos. “Já vejo a evolução dele. Antes, ele pegava os brinquedos e não se importava. No primeiro momento, ele também ficou apreensivo e gritava. Mas hoje ele já se solta e se sente mais à vontade”, completa a mãe.
A porta de entrada para o programa é o Cras. A família interessada em participar deve ter inscrição no Cadastro Único e buscar atendimento, por telefone ou presencialmente, nos Centros de Referência de Assistência Social. Podem ser atendidas famílias com gestantes e crianças de 0 a 6 anos.
O objetivo da ação é articular e apoiar políticas públicas voltadas à promoção do desenvolvimento integral da primeira infância no Distrito Federal, adotando uma abordagem intersetorial que garanta a integralidade do atendimento, cuidado, educação e assistência às crianças e às suas famílias e comunidades.
“Cuidar da primeira infância é prevenir várias outras situações na vida jovem e adulta que demandam de ações do poder público. Assim conscientizamos a família e a rede de apoio, desenvolvendo aptidões, acompanhando diagnósticos precoces e combatendo problemas futuros”, define a secretária-executiva do Comitê Gestor do Programa Criança Feliz Brasiliense, Ana Caroliny de Oliveira Sousa.
A coordenação do programa é feita pelo Comitê Gestor do Programa Criança Feliz Brasiliense, composto por integrantes das secretarias da Casa Civil, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Justiça e Cidadania, Mulher e Esporte e Lazer.
Mais ações
Além das visitas, o programa tem outras ações. Entre elas, a campanha Vem Brincar Comigo, que arrecada brinquedos e livros infantis nos órgãos públicos do DF para distribuir para crianças em situação de vulnerabilidade. Só no ano passado foram mais de 40 mil itens arrecadados.
Também há uma parceria com os centros olímpicos e paralímpicos (COPs), que garante vagas aos beneficiários do Criança Feliz Brasiliense. Crianças de 4 a 6 anos têm 15% das vagas reservadas em turmas de desenvolvimento motor I, enquanto os avós responsáveis diretamente por esses menores têm 5% das vagas nos grupos de hidroginástica. Crianças com deficiência têm prioridade de vaga sobre as demais crianças do grupo motor I.