21/03/2022 às 10:59, atualizado em 21/03/2022 às 11:00

CrisDown atende pessoas com síndrome de Down de todas as idades

No local, os pacientes são assistidos por uma equipe multidisciplinar; agendamento para consulta está aberto à população e pode ser feito por telefone

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

“É de extrema importância acompanhar esses pacientes e fazer a estimulação precoce no primeiro ano de vida, pois assim a criança vai atingir todos os marcos de desenvolvimento” – Moema Arcoverde de Bezerra, pediatra do Centro de Referênciadireita

Bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos com síndrome de Down têm no DF um local onde encontram atendimento humanizado e completo. No Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que funciona no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), os pacientes são assistidos por especialistas em pediatria, cardiopediatria, neuropediatria, clínica médica, genética clínica, nutrição, psicologia, assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

Para agendar a primeira consulta, basta entrar em contato pelo telefone (61) 99448-0691. Hoje, são cerca de 1.943 pacientes assistidos pelo serviço, em todos os ciclos de vida. O acolhimento realizado pela equipe multidisciplinar representa um momento de escuta qualificada e de avaliação das necessidades, de acordo com o perfil social e de saúde.

Com a identificação das demandas, há o encaminhamento para as especialidades, tanto ali quanto em outros pontos de atenção da rede. O CrisDown pode ser procurado em qualquer momento da vida. “É de extrema importância acompanhar esses pacientes e fazer a estimulação precoce no primeiro ano de vida, pois assim a criança vai atingir todos os marcos de desenvolvimento”, explica a pediatra Moema Arcoverde de Bezerra, do Centro de Referência.

A secretária Maria do Socorro de Sousa, mãe de Bianca de Sousa, 7 anos, reforça  que os serviços ofertados no CrisDown foram fundamentais para ela compreender o universo da filha e encarar a situação. “Fiquei desnorteada”, afirma, sobre a descoberta de que a filha tinha síndrome de Down. Mas, com o acompanhamento oferecido, ela vem se desenvolvendo e “possui praticamente as mesmas habilidades das demais crianças da idade dela”, conta a mãe.

Até os dois anos, Bianca recebeu estímulo precoce e acompanhamento pediátrico. O próximo passo é a consulta com a fonoaudióloga, que auxiliará no desenvolvimento da fala. “O acompanhamento dela desde bebê tem feito toda a diferença, inclusive agora que ela está estudando”, assegura Maria do Socorro.

O pequeno Lucas Gabriel, 3 anos, filho de Rita de Cássia Oliveira, desde o nascimento também é acompanhado no CrisDown e faz terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia no Centro Especializado de Reabilitação II de Taguatinga. “Nunca tive problema para conseguir atendimento na rede pública”, garante a mãe do menino.

*Com informações da Secretaria de Saúde