31/03/2022 às 19:38, atualizado em 31/03/2022 às 19:39

Novos leitos no Hospital da PM reforçam cirurgias eletivas

Unidade vai concentrar leitos para covid-19, liberando os hospitais para a realização de cirurgias

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

A contratação de até 100 leitos no Hospital da Polícia Militar permitirá a liberação de vagas de UTI nos hospitais regionais e conveniados para intensificar a realização de cirurgias, principalmente as eletivas. O contrato regular já foi autorizado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

Em 2021, foram realizadas 11,5 mil cirurgias do gênero. A abertura dos novos leitos possibilitará que vagas de UTI, hoje ocupadas com pacientes covid-19 nos hospitais regionais, “sejam desmobilizadas e passem a atender as outras demandas das unidades de saúde”, explicou o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro.

Outra medida para aumentar a produção cirúrgica na rede pública é a contratação efetiva de mais profissionais, por meio do edital lançado na sexta-feira (25). Das 230 vagas para médicos, o certame prevê 20 para anestesiologistas e 12 para cirurgiõesdireita

O médico ressaltou que os leitos serão liberados de forma gradual, já que a contratação por ata de tomada de preços permite que a secretaria os utilize de forma gradual. “Não há necessidade de contratar as 100 vagas de uma só vez”, ressaltou.

Ao todo, 48 leitos de UTI estão mobilizados para covid-19 no DF, porém, nem todos estão ocupados. No Hospital Regional de Samambaia (HRSam), por exemplo, 17 vagas na UTI estão reservadas para o tratamento da doença, com apenas três ocupadas. “A liberação desses leitos nos hospitais possibilita internar pacientes que vão se submeter a cirurgias, tanto eletivas quanto de urgência”, destaca Zancanaro.

Atualmente, a fila de espera por cirurgias eletivas contabiliza 22,6 mil pacientes. À medida que novas especialidades são incluídas no Sisreg III, o sistema de regulação que organiza a ordem desses atendimentos na rede pública do DF, o número de pacientes registrados aumenta.

Simultaneamente a esse processo de inserção, ocorre a higienização dessa fila, ou seja, solicitações que já não se aplicam à realização do procedimento são retiradas do sistema para agilizar as chamadas dos próximos pacientes. É o caso, por exemplo, de quem fez a cirurgia em outro hospital ou deu entrada pela urgência, que não é regulada.

Outra medida para aumentar a produção cirúrgica na rede pública é a contratação efetiva de mais profissionais, por meio do edital lançado na sexta-feira (25). Das 230 vagas para médicos, o certame prevê 20 para anestesiologistas e 12 para cirurgiões.

Além disso, a Secretaria de Saúde recebe, a partir de abril, novos equipamentos para modernização dos centros cirúrgicos. “Temos a expectativa de contar com 32 perfuradores para agilizar o fluxo de cirurgias ortopédicas”, destacou o secretário-adjunto. Outros itens são mais 12 focos cirúrgicos, 50 camas, 10 carrinhos de anestesia e 10 arcos cirúrgicos. O material chega por meio de contrapartida, doado por instituições de ensino que utilizam os hospitais da rede pública para formar profissionais de saúde.

*Com informações da Secretaria de Saúde