20/04/2022 às 15:30

Artistas são homenageados no Espaço Cultural Renato Russo

TT Catalão, Hugo Rodas e Orlando Brito, que morreram nos últimos dois anos, vão batizar espaços do centro

Por Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

Hugo Rodas será o novo nome do Teatro Galpão | Foto: Diego Bresani/Divulgação

“O Espaço Renato Russo está no coração de Brasília, na quadra modelo da 508/308 Sul, e ele traz, em sua gênese, essa inquietude da arte feita na capital federal para além do poder. É de fundamental importância que as futuras gerações entrem nesse território de todas as artes e vejam espelhadas as memórias desses três grandiosos artistas”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

O poeta, ativista e artista visual TT Catalão é o primeiro a ser homenageado. Nesta quinta-feira (21), ele batiza a Gibiteca, que volta a funcionar depois de nove anos sem atividade. TT Catalão tem uma intimidade com o Espaço Cultural Renato Russo, onde foi gestor entre os anos de 1993 e 1997.

Além disso, doou, nos primeiros tempos, seu valioso acervo de quadrinhos para que o espaço entrasse em funcionamento. Hoje, a Gibiteca TT Catalão tem 23 mil itens no acervo.

Na sequência, no mês de maio, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa fará uma cerimônia de duplo batismo. O Teatro Galpão se tornará Teatro Galpão Hugo Rodas, e a Praça Central, onde ocorrem frequentes exposições fotográficas, a Galeria Orlando Brito.

“Hugo e Orlando, dois mestres em suas linguagens, ocupam os territórios por pertencimento. O primeiro está na base da consolidação desse espaço cultural com peças antológicas, como Os Saltimbancos (1976); o segundo, por conjugar a fotografia jornalística com a arte, tornando-se um cronista do poder”, avalia o secretário.

Gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Espaço Cultural Renato Russo surgiu a partir de galpões da Novacap próximos às instalações da extinta Fundação Cultural, no quadrilátero da primeira unidade de vizinhança desenhada por Lúcio Costa – formada pelos edifícios no entorno da W3 a partir da 107/108 Sul, passando pela 308 Sul, W2 e 508 Sul.

Essa área foi descrita pelo poeta TT Catalão como o epicentro dos abalos sísmicos gerados na cidade por atores e atrizes, bailarinas e bailarinos, artistas visuais e da área musical, cineastas, produtores culturais e ex-diretores do complexo, incluindo experimentos do pessoal dos bastidores em iluminação, sonoplastia e outros ofícios.