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20/04/2022 às 23:11, atualizado em 21/04/2022 às 10:09
Equipamento de alta complexidade em Ceilândia acolhe vítimas de violência doméstica, com serviço psicossocial e capacitações profissionais e de autoconhecimento
A Casa da Mulher Brasileira (CMB) comemora, nesta quarta-feira (20), um ano de sucesso como ponto de apoio no enfrentamento à violência doméstica. Desde o lançamento, em abril do ano passado, 3.600 mulheres receberam suporte humanizado, atendimento psicossocial, capacitações profissionais, apoio jurídico e policial. Os serviços são oferecidos de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na CNM 1, em Ceilândia.
“Essa Casa é a oportunidade que a mulher tem, de qualquer nível, de qualquer situação econômica ou escolaridade, de mudar de vida”Vandercy Camargos, secretária da Mulherdireita
Para a secretária da Mulher, Vandercy Camargos, o programa é um dos mais importantes do Distrito Federal e tem como objetivo principal promover o bem-estar da população. “Essa Casa é a oportunidade que a mulher tem, de qualquer nível, de qualquer situação econômica ou escolaridade, de mudar de vida. Elas podem buscar uma mudança, romper qualquer ciclo de violência, porque aqui a mulher é assistida, apoiada e capacitada”, afirma.
Os dois principais pilares da CMB são o núcleo psicossocial, com uma equipe multidisciplinar, e o programa Empreende Mais Mulher, que oferece qualificações técnicas, de autonomia e autoconhecimento. Assim, a Casa centraliza o suporte às vítimas, agilizando a resolução da ocorrência e define uma porta de saída para a crise.
Para a dona de casa Jucemar Penha, de 58 anos, a Casa da Mulher Brasileira é, realmente, a casa dela. Ela chegou ao local em fevereiro, após indicação de amigos, com problemas no casamento. “Consegui resolver, me separei e agora sou feliz. Venho pra cá quase todo dia, pra fazer as aulas de informática. Aqui é o meu lugar e de todo mundo, as pessoas são muito boas e somos todos amigos. Sempre que dá, estou aqui com minha neta, que fica na brinquedoteca”, conta Jucemar.
A amiga de Jucemar, a dona de casa Genelice Vieira, de 62 anos, também frequenta a CMB diariamente. “A gente é muito bem-recebida, os funcionários trabalham muito bem. Quando estávamos com problema, rapidinho tudo deu certo. Agora a gente vem encontrar os nossos amigos”, comenta ela.
Ações do GDF
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) também realiza ações de enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica. Em março de 2021, foi lançado o programa Mulher Mais Segura, com medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero.
Uma das ferramentas é o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP), que monitora, simultaneamente, vítima e agressor, em tempo real, estabelecendo distância segura entre eles e impedindo que o agressor se aproxime por meio de um dispositivo, que pode ser acionado também quando a vítima se sentir em perigo. Até abril deste ano, foram 69 monitoramentos e, atualmente, são 23 monitorados (13 vítimas e 10 agressores).
Denúncias sobre casos de violência doméstica podem ser realizadas online ou pelo telefone 197, opção 0 (zero), o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197. A Polícia Militar do Distrito Federal também atende a população pelo 190.