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26/04/2022 às 07:03, atualizado em 26/04/2022 às 11:01
Duplas compostas por técnicos de enfermagem e enfermeiros prestam primeiros socorros; atualmente são 20 motolâncias disponíveis em todo o DF
[Numeralha titulo_grande=”3 mil” texto=”Número de operações registradas pela Central de Regulação somente em 2021direita
Dentre as viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), um tipo destaca-se pela agilidade com que consegue chegar às ocorrências. São as motolâncias, motocicletas equipadas com material necessário para fazer o atendimento pré-hospitalar (APH), tanto clínico quanto de trauma. Elas são acionadas pelos médicos da Central de Regulação Médica de Urgências 192. Os atendimentos prestados pelas motolâncias ocorrem desde 2009 sempre em dupla, composta por técnico de enfermagem e enfermeiro.
Hoje, são 10 duplas de motolâncias, totalizando 20 motocicletas disponíveis em todo o Distrito Federal. O motivo de serem duplas é pelo fato de um material complementar o outro, ocupando dois baús carregados com desfibrilador automático (DEA), talas de imobilização, medicamentos, entre outros. O objetivo do serviço é diminuir o tempo de resposta nos atendimentos, principalmente os casos mais graves.
“A proposta do nosso trabalho é nos deslocar o mais rápido possível no trânsito para fazer os primeiros socorros. Dependendo do grau de gravidade da ocorrência a ambulância vai atrás para dar suporte e transportar o paciente até um hospital ou UPA”enfermeiro Raphael Martinsesquerda
A cobertura de duplas de moto do Samu distribui-se em todas as regiões de atendimento do DF. Somente em 2021 foram mais de três mil operações registradas pela Central de Regulação.
“A proposta do nosso trabalho é nos deslocar o mais rápido possível no trânsito para fazer os primeiros socorros. Dependendo do grau de gravidade da ocorrência a ambulância vai atrás para dar suporte e transportar o paciente até um hospital ou UPA”, explica o enfermeiro Raphael Martins, do Grupamento de Motociclistas em Atendimento de Urgência (GMAU).
Em geral, as motolâncias atuam em ocorrências severas, abrindo caminho no trânsito para as ambulâncias. No entanto, devido à alta demanda e ao grande número de chamados, também atendem ocorrências moderadas, em que o transporte do paciente pode não ser necessário, situação na qual ele pode ser estabilizado no local.
“O trânsito é um dos nossos maiores desafios. Já prevemos alguns riscos, mas é gratificante ver que temos um retorno imediato da população. As pessoas agradecem na hora pelo nosso trabalho”, observa o técnico de enfermagem do GMAU, Guilherme Bonfim.
Adrenalina
A velocidade e a necessidade de correr contra o tempo para salvar uma vida geram muita adrenalina em quem pilota uma das motolâncias do Samu, conforma conta o enfermeiro. “Saímos da base com todo aquele gás, e o nosso desafio é manter o equilíbrio emocional, principalmente em atendimentos pediátricos, pois mexe demais com o nosso psicológico”, afirma Martins.
Para Bonfim, uma dificuldade que eles encontram nos atendimentos é localizar endereços. Por isso, é tão importante informar o ponto de referência correto na hora de registrar a ocorrência na Central 192.
Os dois atuam na base do Samu da QNJ, em Taguatinga. Apesar dos riscos diários, da adrenalina e da velocidade em cima de duas rodas, eles amam o que fazem e agradecem por nunca ter ocorrido nenhum óbito durante o trabalho nas motolâncias.
*Com informações da Secretaria de Saúde