28/04/2022 às 21:00

Construção do Túnel de Taguatinga supera etapa mais desafiadora

Paredes laterais, lamelas, paredes diafragmas. A estrutura mais complexa da passagem subterrânea tem três nomes e duas funções: sustentar e conter a maior obra viária do país

Por Carolina Caraballo, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

“Não usamos uma perfuratriz convencional. Lançamos mão de uma tecnologia diferenciada, que não é vista em nenhuma outra obra do Distrito Federal”Luciano Carvalho, secretário de Obrasdireita

Imagine abrir uma passagem subterrânea de quase 1 km no centro de uma cidade. Fazer escavações com até 20 metros de profundidade sem afetar as edificações vizinhas. Lidar com riscos de desmoronamento próprios de um terreno argiloso. A construção das lamelas do Túnel de Taguatinga envolveu tantos desafios que ganhou o título de fase mais complexa da obra.

Equipamento de escavação chamado clamshell se assemelha à boca de um jacaré: maquinário é preso a um guindaste com capacidade para erguer cerca de 70 toneladas

Carvalho se refere à utilização de um clamshell, equipamento de escavação que se assemelha à boca de um jacaré. O maquinário é preso a um guindaste com capacidade para erguer aproximadamente 70 toneladas. Enquanto escava, lança um polímero no solo – a mistura química estabiliza o terreno e evita risco de desmoronamento.

A porção média do túnel conta com três paredes diafragmas: duas externas e uma central que separa as duas pistas. Nas áreas de emboque e desemboque, ou seja, na entrada e na saída da passagem subterrânea, são quatro. Cerca de 70% da construção do Túnel de Taguatinga já está concluída.