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08/05/2022 às 09:26, atualizado em 08/05/2022 às 09:41
No Distrito Federal, 180.152 das 221.140 famílias inscritas no Cadastro Único são chefiadas por mulheres. Rede de proteção do governo contribui para que elas tenham condições de sustentar seus lares
Mais de 81% das famílias inscritas no Cadastro Único no Distrito Federal têm uma mulher como responsável familiar. Ou seja, das 221.140 famílias cadastradas, 180.152 são chefiadas por mulheres. São mães chefes de família responsáveis pela renda da casa. Os dados são da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), gestora do programa, referentes ao mês de abril de 2022.
No DF, as mulheres são, de fato, a maioria entre os beneficiários das famílias em vulnerabilidade social. Como a rede de proteção social do Governo do Distrito Federal (GDF) adota uma política que prioriza as mães chefes de família, que têm filhos pequenos e cuidam sozinhas dos familiares, programas como Cartão Prato Cheio, DF Social e Cartão Gás contribuem para que essas mulheres tenham condições de sustentar a família.
Referenciada no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Planaltina, em 2020, Lindaura Bispo foi uma das primeiras contempladas do Cartão Prato Cheio. “Hoje não recebo mais. Mas já solicitei ao Cras uma nova reavaliação da equipe socioassistencial. Aquele crédito de R$ 250 foi muito importante durante pandemia, quando ninguém chamava para fazer diária, não tinha emprego”, relata.
Atualmente, Lindaura Bispo está satisfeita com os resultados obtidos desde que a caçula passou a ser atendida pelo Criança Feliz Brasiliense. “O visitador me ajuda muito, a Julia melhorou demais depois que ele passou a vir em casa, no ano passado, fazer o trabalho de estimulação com ela. Ele me ensina a contar história para ela, me manda sugestões. Fico feliz quando ele vem na minha casa, conversa comigo e com as meninas”, destaca.
“Nossa gestão tem essa meta, que é priorizar essas mães, chefes de famílias, mulheres guerreiras que vão à luta para sustentar os seus filhos, muitas vezes, sem ajuda do pai nem da família. É o Estado mostrando para essas mulheres que elas não estão sozinhas”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Socialesquerda
Benefícios
De acordo com a Sedes, gestora dos benefícios sociais, no programa Prato Cheio, dos 35.240 beneficiários, 12.473 são mulheres que atendem ao primeiro critério de priorização, que são as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos. Esse mesmo critério é adotado para a concessão também do DF Social e do Cartão Gás.
Em relação ao DF Social, programa criado para substituir o DF Sem Miséria com a concessão de R$ 150 mensais para famílias em extrema vulnerabilidade social, 92% das famílias beneficiárias são chefiadas pelas mães. Das 55.389 famílias beneficiárias do programa, 51.156 têm uma mulher como responsável familiar.
No programa Cartão Gás, são 65.710 famílias que têm uma mulher como responsável familiar, ou seja, uma mãe chefe de família. São apenas 4.289 homens nessa condição. Isso significa que mais de 93% das famílias que recebem o Cartão Gás são chefiadas pelas mães.
“Nossa gestão tem essa meta, que é priorizar essas mães, chefes de famílias, mulheres guerreiras que vão à luta para sustentar os seus filhos, muitas vezes, sem ajuda do pai nem da família. É o Estado mostrando para essas mulheres que elas não estão sozinhas. Nesse Dia das Mães, a minha mensagem é para elas: parabéns, mães do Distrito Federal, vocês são fortalezas para seus filhos”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
O programa Auxílio Brasil, que é do governo federal, mas no DF é gerido pela Sedes, conta com 102.326 famílias que têm uma mulher como responsável familiar. Isso representa 87% das 117.347 famílias do Distrito Federal que recebem o Auxílio Brasil.
O Criança Feliz Brasiliense atende, atualmente, mais de 3.200 famílias em 16 Regiões Administrativas.
“Os primeiros anos de vida são fundamentais para a saúde e o desenvolvimento dessas crianças e vão definir a formação dessas pessoas como cidadãos. O programa permite que essas crianças se desenvolvam de forma adequada, tenham saúde, e que as mães tenham acesso a serviços socioassistenciais”, explica Mayara Rocha. “Nós ampliamos de oito para 16 as regiões administrativas atendidas pelo Criança Feliz Brasiliense para aumentar as visitas domiciliares e o apoio a essas famílias em vulnerabilidade social no DF.”
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social