09/05/2022 às 07:00, atualizado em 09/05/2022 às 15:23

Piso tátil e mais acessibilidade na Praça do Relógio

Um dos pontos mais tradicionais de Taguatinga passará por reurbanização. O projeto complementa a construção do túnel da cidade

Por Carolina Caraballo, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues

Uma Praça do Relógio acessível a todos. Esse é o principal foco da reurbanização que será feita no ponto histórico mais icônico de Taguatinga. O espaço vai ganhar piso novo e um número maior de rampas de acesso. A fonte, o espelho d’água e os canteiros também serão reformados. O projeto está sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e complementa a construção do túnel da cidade.

Pessoas que usam bengala, como o aposentado João Batista, serão beneficiadas pelo novo piso de concreto moldado in loco, com poucas irregularidades

Mais conforto para a comunidade

Os canteiros da praça também vão passar por reformas. Todos serão contornados por uma mureta com 45 cm de altura, que poderá ser usada como banco. Alguns pontos receberão encostos para aumentar o conforto. Finalizada a fase de projeto da Praça do Relógio, a Secretaria de Obras fará uma estimativa orçamentária e começará o processo licitatório.

O relógio que dá nome à praça foi um presente do japonês Eiichi Yamada, então presidente da fabricante de relógios Citizen Watch, que veio a Brasília quando a cidade tinha dez anosesquerda

O administrador de Taguatinga, Ezequias Pereiras, está ansioso pelo início da reforma. “É um pedido antigo da população”, comenta. “Antigamente, não tínhamos muitos moradores no centro da cidade. Essa realidade mudou e a comunidade quer frequentar um espaço mais bonito e agradável.”

Para a aposentada Sandra Ladeira (67), a renovação da fonte da Praça do Relógio será o ponto alto da obra. “Lembro de quando eu passeava em volta do chafariz, era muito bonito”, recorda. “Vamos voltar a aproveitar esse ponto tão tradicional da nossa cidade.”

A história do relógio

Brasília tinha apenas dez anos quando recebeu a visita de Eiichi Yamada, então presidente da fabricante de relógios Citizen Watch. Encantado com os traços modernos da cidade, o japonês prometeu uma criação exclusiva da sua empresa para a capital.

O presente – o relógio com quatro lados, envolvido por estrutura de concreto quadrada com 15 metros de altura – não pôde ficar no Plano Piloto. De tão grandioso, feria o plano urbanístico de Brasília.

O monumento precisou ser transferido para a Praça Central de Taguatinga, que passou a se chamar Praça do Relógio. Em 18 de setembro de 1989, a obra foi tombada como patrimônio cultural e artístico do Distrito Federal.

Piso tátil e mais acessibilidade na Praça do Relógio