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17/05/2022 às 20:31, atualizado em 17/05/2022 às 20:47
Com planejamento e estratégia, GDF tem tratamento e vacina de sobra; oferta de leitos públicos nunca foi zerada em dois anos de pandemia
O Distrito Federal foi a primeira unidade federativa do Brasil a reconhecer a pandemia da covid-19. Foi a pioneira, também, a decretar o isolamento social e a adotar políticas públicas emergenciais na contenção e combate ao vírus, seja na distribuição de mais de 2,2 milhões de máscaras, na contratação de leitos de UTI da rede particular ou na abertura de hospitais de campanha.
Autoridades de saúde do GDF são unânimes em lembrar que a pandemia não acabou e que, apesar da flexibilização das medidas sanitárias – por uma questão econômica –, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda mantém o alerta pandêmico pelas características de contágio da doença. Completar o esquema vacinal, portanto, é imprescindível para o arrefecimento da proliferação do vírus.
“À medida que avançarmos na vacinação, reduzimos as internações e a média de mortes por dia, pois o vírus em uma pessoa imunizada tem muito menos força do que em alguém que não se vacinou”Fabiano Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúdedireita
“À medida que avançarmos na vacinação, reduzimos as internações e a média de mortes por dia, pois o vírus em uma pessoa imunizada tem muito menos força do que em alguém que não se vacinou”, alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano Martins.
Carro da Vacina
Técnicos da Secretaria de Saúde apontam duas razões pelas quais as pessoas não cumprem seus ciclos imunizadores contra a covid-19: o viés ideológico ou a dificuldade de acesso e locomoção. A desinformação, neste caso, inexiste, em se tratando da pandemia. O GDF, então, decidiu levar a vacina a quem tinha dificuldade de ir até ela.
Em 8 de janeiro de 2022, o Carro da Vacina circulou pelas ruas do Sol Nascente. A proposta era levar o imunizante à população em situação de vulnerabilidade com ausência de equipamentos públicos e falta de infraestrutura – ou incapaz de arcar com o custo do deslocamento até uma delas. Eram ali, nos trechos 1, 2 e 3 no Pôr do Sol e nas áreas rurais de Brazlândia, os maiores bolsões de não vacinados registrados pela Secretaria de Saúde.
De lá pra cá, foram 11 edições em que uma van com um rotolight e um megafone saiu pelas ruas chamando as pessoas para se vacinarem. O resultado: 4.816 doses aplicadas – 1,2 mil só da primeira –, uma adesão considerada satisfatória para quem está na linha de frente desse atendimento.
“Acredito muito na busca ativa de pessoas não vacinadas”, defende a superintendente da Região de Saúde Oeste (Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e Brazlândia), Lucilene Florêncio. “Sempre que o calendário de vacinação for ampliado, há necessidade de ir até essa população. E pode ter certeza de que nós iremos”, conclui.