31/05/2022 às 17:09, atualizado em 31/05/2022 às 17:20

Helicóptero Sentinela transporta órgãos para transplantes no DF

Só neste ano, a equipe da aviação operacional do Detran-DF conduziu sete corações até o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo

Acostumada a lidar diariamente com situações corriqueiras de trânsito, uma equipe da aviação operacional do Detran-DF está investida também em uma ação humanitária: a de ajudar a salvar vidas. Por meio de um termo de cooperação assinado com a Secretaria de Saúde, o helicóptero do Detran tem sido o responsável por transportar órgãos, a exemplo de corações, vindos de outros estados para serem transplantados em pacientes do Distrito Federal.

O piloto e diretor da unidade de operação aérea do Detran-DF, Sérgio Dolghi, diz: “Quando entra esse tipo de operação, todos vibram. Trata-se de salvar vidas e é algo que todo mundo sente muito prazer em fazer”

“Nossa função básica é cuidar da fluidez do trânsito e dar apoio a operações como blitz, campanhas educativas e verificar obstruções em rodovias. Vamos na frente”, explica o piloto e diretor da unidade de operação aérea do departamento, Sérgio Dolghi, “Mas, quando entra esse tipo de operação, todos vibram. Trata-se de salvar vidas e é algo que todo mundo sente muito prazer em fazer”, acrescenta.

Agentes em prontidão

Apesar do curto tempo de voo, o trabalho é árduo e não há margem de erros no planejamento. “Já tivemos missões em que o telefone toca às 2h da manhã e temos de mobilizar a equipe para estar dali a duas horas no aeroporto e fazer a captação. Mesmo de folga, nossos agentes são convocados”, explica Dolghi, com 2.400 horas de voo no currículo.

A pandemia da covid-19 e restrições devido às infecções pela doença reduziram sensivelmente o número de transplantes pelo país, o que agora volta à normalidade, segundo Daniela Salomão. Diante de uma demanda constante no Distrito Federal, a diretora da Central de Transplantes do DF ressalta que a parceria tem dado certo.

“A ‘engenharia’ tem funcionado muito bem. É um processo delicado, mas motivo de orgulho para todo mundo que participa dele”, aponta a médica, nefrologista de formação. “São novas vidas que começam a partir de cada ação dessa”, finaliza.

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