06/06/2022 às 19:30, atualizado em 06/06/2022 às 20:07

Parque dos Pioneiros recebe o plantio de 900 mudas de espécies nativas

Reflorestamento visa combater incêndios no local e melhorar qualidade de vida da população

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

A Administração da Candangolândia está plantando árvores nativas no Parque Ecológico dos Pioneiros, localizado às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). A iniciativa tem como objetivos melhorar a qualidade da água que vai do Córrego Guará para o Lago Paranoá, inibir o descarte de materiais inservíveis e invasões que ocorrem com frequência no local e, principalmente, acabar com os incêndios que todo ano acontecem na região.

[Numeralha titulo_grande=”4,8 mil m² ” texto=”Área do parque destinada ao plantio para recomposição da vegetação nativaesquerda

A área para fins de recomposição da vegetação nativa do parque é de 4,8 mil m². Ao todo, já foram plantadas aproximadamente 900 mudas de árvores nativas, como angico-vermelho, tamboril-da-mata, cedro, jatobá, jenipapo, jacarandá, pequi e outras 13 espécies.

A gestão do Parque Ecológico dos Pioneiros da Candangolândia é dividida com o Jardim Zoológico de Brasília e o Instituto Brasília Ambiental. Também são parceiros do projeto a Secretaria de Agricultura (Seagri), que deu suporte e ajudou na produção de mudas, além da Comissão de Defesa de Meio Ambiente da Candangolândia (Comdema), que ajudou a catalogar 80 espécies de plantas típicas do local.

“É uma área de mato que na seca, com qualquer bituca de cigarro, fagulha, pega fogo”, explica coordenador de Políticas Públicas da Administração Regional da Candangolândia, Marcos Paulo Alves da Silva. “Com o plantio dessas mudas, vamos oferecer qualidade de vida para a população da cidade, além de um projeto ambientalmente sustentável.”

Recuperação

“A recuperação dessa mata garante a preservação de espécies endêmicas que existem só nessa região”, frisa a presidente da Comdema, Maria Rosane Marques Barros, que é professora de Biologia da Secretaria de Educação (SEE). “Foi feito todo um estudo minucioso anterior para saber quais espécies são típicas daquela região, para não causar nenhum tipo de desequilíbrio ecossistêmico.”

“Praticamente somos uma ilha verde, então temos que preservar essa área” Pablo Valente, administrador da Candangolândiadireita

O processo de recuperação do plantio, que teve início em setembro do ano passado, no período de chuva, tem execução prevista de quatro anos e segue neste primeiro ano na fase da adubação e regamento. As mudas foram doadas pelos viveiros das administrações do Park Way, Lago Norte, Seagri e Jardim Botânico de Brasília. Cerca de 40 homens estiveram envolvidos na ação, entre eles, 20 reeducandos do Fundo de Amparo do Trabalhador Preso (Funap), ligado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

Morador de uma casa em frente ao Parque dos Pioneiros, o militar aposentado Orlando Juvenal da Silva, 61 anos, gostou da ideia do reflorestamento do espaço com plantas nativas do DF. “É uma área que todo ano pega fogo”, observa. “A criação desse parque é uma maneira de evitar acontecimentos como esse, além de deixar bonito o local”.

O administrador da Candangolândia, Pablo Valente, reforça: “Praticamente somos uma ilha verde, então temos que preservar essa área que faz divisa com o Jardim Zoológico e com os córregos do Riacho Fundo e Guará”, afirma.

Parque dos Pioneiros recebe o plantio de 900 mudas de espécies nativas