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26/06/2022 às 11:35, atualizado em 27/06/2022 às 07:17
Remodelado recentemente, espaço é um dos mais procurados pelos visitantes, recebendo uma média de 300 pessoas a cada fim de semana
Elas são as musas do vento, do ar e do tempo. Coloridas e aladas, as borboletas encantam pela simetria e delicadeza do voo e são destaque, claro, da nova estrutura do borboletário do Jardim Zoológico de Brasília. Inaugurado em outubro de 2006, o espaço é um dos preferidos pelos visitantes, recebendo uma média de 300 pessoas a cada fim de semana.
O borboletário também passa a contar com a Sala de Artrópodes, onde o público pode conhecer os hábitos e a vida de bichos como aranhas, escorpiões e formigas. As visitas podem ser feitas de quarta a domingo, sempre das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30. É permitida a entrada de grupos de dez pessoas a cada 15 minutos.
O tour guiado didático, além de informar, ajuda a esclarecer alguns mitos. O mais comum deles, talvez, é com relação ao pó expelido pelas asas das borboletas. Já o famoso ciclo dos lepidópteros se divide em quatro fases: ovo, larva, casulo ou crisálida e a exuberante fase adulta, que representa sua maturidade sexual, podendo reproduzir.
“As asas das borboletas são compostas por um monte de escamas; e, quando a gente entra em contato, causa irritação, só isso. Não existe borboleta venenosa, elas são inofensivas”, esclarece Jean Victor. “As pessoas associam o ciclo da borboleta à questão de renascimento. Ela sai do ovo e vira uma lagarta, passando por um processo de metamorfose que para muita gente é simbólica, mexe com as pessoas”, analisa o biólogo.
No DF, existem aproximadamente 500 espécies de borboletas. Segundo Gabriela Carvalho, o número de espécies do borboletário varia ao longo do ano devido à oscilação natural. “Essa oscilação ocorre devido ao período de reprodução de cada espécie, onde cada uma pode ser mais abundante num mês ou numa estação”, explica.
Das espécies que circulam pelo borboletário do Jardim Zoológico de Brasília, a mais comum é a borboleta-coruja, popularmente identificada como bruxinha e com um “olho” estampado nas asas. As mais coloridas são da espécie monarca, que mistura esfuziante laranja com detalhes pretos, e a borboleta-seda, de um azul hipnotizante. Chama atenção também a elegante rosa-de-luto, toda de preto com detalhes rosa, bastante comum nesta época do ano.
Fascínio do público
Ainda segundo a profissional, cada espécie apresenta um papel ecológico. As borboletas, de forma geral, são importantes para a polinização de diversas espécies de plantas. “Também apresentam papel importante na cadeia alimentar, servindo como alimento para diversas outras espécies – o que funciona também como um controle populacional, tanto das presas quanto dos predadores”, detalha Gabriela.
Criado em ambiente rural, o personal trainer Hugo Alves, 33 anos, desde criança é fascinado pelas borboletas. Uma admiração que transferiu geneticamente para o filho Ezequiel, de 9 anos. “Gosto bastante, fico encantado pelas cores, o voo delas… Meu filho estava curioso em conhecer o borboletário, por isso o trouxemos”, relata. “É muito legal o jeito que ela voa”, conta o filho, tentando, em vão, pegá-las no ar.
Já a estudante Maria Eduarda Araújo, 16 anos, é fisgada pelas cores vibrantes das asas das borboletas. “Gosto de conhecer as diferentes espécies que existem. Pela beleza também, porque as cores são muito bonitas”, destaca a jovem, que já estava com saudade do espaço. “Venho aqui desde pequena; estava triste porque estava fechado, mas ficou muito melhor com a reforma”.