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28/06/2022 às 15:02, atualizado em 28/06/2022 às 17:39
Durante os festejos juninos, que vão até agosto no Distrito Federal, aumentam os riscos de queimaduras, seja em fogueiras ou com fogos de artifícios. Veja as orientações do Corpo de Bombeiros
Anarriê! Nesta época do ano, as tradicionais festas juninas e quermesses tomam conta do Brasil. Assim como em outras regiões do país, no Distrito Federal as festividades voltaram com toda força após dois anos com medidas sanitárias decorrentes da pandemia da covid-19. Nesta quarta (29), por sinal, é o dia dedicado a São Pedro, um dos santos juninos mais conhecidos e chamado de guardião da chuva.
“Já atendemos um caso em que a pessoa fez uma fogueira na garagem de uma residência e causou um incêndio. E reforço que brincar com fogo depois de ingerir bebida alcoólica é muito perigoso. As pessoas perdem a noção do perigo”, frisa Marçal.
Os foguetes e seus estampidos, além do preparo de comidas tradicionais no São João, como quentão, canjica e pastéis, devem ser conduzidos com cautela. “O foguete, por exemplo, pode gerar centelhas, ocasionando queimaduras em quem solta e e em quem está em volta. Além disso, ele pode não funcionar corretamente, estourando para baixo”, pontua o tenente. “Por conta dessas duas situações, já vimos ferimentos graves e até amputação de membros”, revela Marçal.
Combinação inflamável
Referência no DF em tratamento de queimaduras, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) tem movimento intenso toda semana. Seja no pronto-socorro específico para esses pacientes ou no atendimento ambulatorial. Em 2021, foram 3.127 atendimentos na unidade de queimados. Nos quatro primeiros meses de 2022, já são 1.022 registros, informa o médico diretor do setor, Ricardo de Lara.
Esta semana, a equipe de atendimento do Hran recebeu, por exemplo, uma paciente moradora de Sobradinho que queimou as nádegas em uma fogueira. Ricardo, no entanto, revela que não é algo sazonal. “Está se queimando o ano todo. Ao longo do primeiro ano de pandemia, os casos recuaram um pouco, mas já voltaram”, explica. “Com relação à festa junina, ela reúne fatores de risco: aglomeração, bebida alcoólica e questões ambientais”, ressalta. “Uma combinação inflamável, sem trocadilho.”
O médico cirurgião plástico alerta que é mandatório procurar o serviço de saúde em caso de acidentes com fogo. “É preciso buscar o quanto antes o atendimento hospitalar. Essas receitas caseiras, com pasta de dentes, claras de ovos e outras tantas, não são adequadas”, chama a atenção. “Na unidade de saúde, é feito o curativo, o controle da dor e ministramos a vacina antitetânica que é indispensável também”, conclui.